28.2.13

EGO, inimigo pessoal




 Há algo dentro de cada um de
nós que, se não bem conduzido,
pode vir a causar
sérios estragos ou até mesmo
a morte de algumas de nossas
mais singelas virtudes.

Esse nosso hóspede permanente
se chama
E G O .






26.2.13

Filme: Cão Vermelho




O filme Cão Vermelho (Red Dog) conta a história real de um cachorro da raça Kelpie Australiano que viveu na região de Pilbara (oeste da Austrália) nos anos 70.

É um filme envolvente, uma mistura de aventura, comédia e drama, lançado em 2.011, inspirado no livro homônimo de Louis de Bernières, lançado em 2.001 (aqui no Brasil em 2.004).



Sinopse: 
Desde que o seu segundo dono, um caminhoneiro chamado John Stazzonelli morreu, em 1975, Tally Ho (o nome orignal do cão) passou a andarilhar por conta própria pelo desértico outback australiano em busca do seu primeiro dono: Colonel Commings. 
Red Dog (Cão Vermelho) ganhou esse apelido pelos membros das comunidades que ele frequentava, por causa da poeira vermelha do oeste australiano. Ele foi “adotado” por muitas pessoas desde então, incluindo uma veterinária que passou a cuidá-lo; e também feito membro de várias instituições, incluindo a União de Transportes da Austrália.

Direção: Kriv Stenders
Roteiro: Daniel Taplitz, Louis de Bernières

Elenco:
Alex Williamson (Miner)
Arthur Angel (Vanno)
Bill Hunter
Brett Heath (Sam-man)
Costa Ronin (Dzambaski)
Eamon Farren (Dave)
Jacqy Phillips (Mrs. Cribbage)
John Batchelor (Peeto)
John Leary (Barry)
Josh Lucas (I) (John Grant)
Keisha Castle-Hughes (Rose)
Koko (Red Dog)
Loene Carmen (Maureen)
Luke Ford (Thomas)
Neil Pigot (Vet)
Noah Taylor (Jack Collins)
Paul Blackwell (Mr. Cribbage)
Rachael Taylor (Nancy)
Rohan Nichol (Jocko)
Shingo Usami (Ray)
Tiffany Lyndall-Knight (Patsy)
Yure Covich (Sandanski)


Produtores: 
Aaron Ryder, Julie Ryan, Marc van Buuren, Nelson Woss, Su Armstrong

País de Origem: 
Austrália

Estreia Mundial: 4 de Agosto de 2011


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O LIVRO:

"No início de 1998 fui a Perth, na Austrália, com o objectivo de participar num festival literário. Previamente acordada estava uma visita a Karratha, onde deveria integrar,também, um jantar literário. Karratha é uma cidade no Norte, composta por várias áreas de terra vermelha, rocha e mato. A paisagem é extraordinária. Imagino que Marte deve ser semelhante. 
Decidi explorar a zona e descobri uma estátua de bronze – o Cão Vermelho – nas imediações da cidade de Dampier. Senti imediatamente que tinha de desvendar o passado daquele cão (…).

Regressei alguns meses mais tarde e passei duas maravilhosas semanas a recolher histórias sobre ele e a visitar os lugares por onde ele passara, escrevendo à medida que viajava.

Espero que o meu gato nunca descubra que escrevi uma história em honra de um cão."


Louis de Bernières



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CURIOSIDADES:


* Em 1.983, Nancy Gillespie, companheira de John Grant, lançou o pequeno livro "Red Dog"; 38 páginas narrando a história do Cão vermelho.


* O verdadeiro Cão Vermelho nasceu em 1.971 e morreu em 20 de Novembro de 1.979.



* Ele chegou a ter até uma conta bancária, e após sua morte ganhou uma estátua na cidade de Dampier, onde ele costumava aparecer bastante.




* "Cão Vermelho" foi considerado o Melhor Filme Australiano de 2.011. 






25.2.13

Homenagem a Junqueira



José Junqueira de Oliveira (Vargem Grande do Sul, São Paulo, 26 de fevereiro de 1910 — São Paulo, 25 de abril de 1985) foi um jogador de futebol brasileiro. Junqueira foi considerado o melhor zagueiro que a Sociedade Esportiva Palmeiras já teve antes do famoso jogador Luís Pereira. Foi o primeiro jogador a ser homenageado com um busto no Estádio Palestra Itália. Depois dele apenas Ademir da Guia e Waldemar Fiúme receberam tal homenagem.


Biografia
Junqueira vestiu a camisa do Palmeiras de 1931 a 1945 conquistando diversos títulos. O Palestra Itália/Palmeiras foi único clube que defendeu em toda a carreira. Começou no Palestra e terminou no Palmeiras. Também foi capitão por diversas vezes da Seleção Paulista, além de ter feito algumas participações com a camisa da Seleção Brasileira na década de 1940.

Foi um dos maiores zagueiros da história do Palmeiras. Capitão da equipe durante todo o período em que jogou com a camisa alviverde. Participou da Seleção Paulista e também da Brasileira. O Palmeiras foi o único clube da carreira de Junqueira. Por este motivo, ganhou um busto em bronze nos jardins do Palestra Itália. É o maior vencedor do Campeonato Paulista no Palmeiras, com 7 conquistas.


Estatísticas (Porcopédia)
Partidas pelo Palmeiras: 326
Número de Vitórias: 201
Número de Empates: 73
Número de Derrotas: 52
Gols pelo Palmeiras: 0


Estatísticas (Palestrinos)

Jogos: 341 jogos de 1931 a 1945

Estreia: 23/08/1931 Palestra Itália 0x0 Comercial de Ribeirão Preto-SP – Amistoso

Despedida: 30/12/1945 Palmeiras 3x3 Corinthians-SP – Amistoso

*** O maior vencedor de títulos Paulistas pelo Palestra - Palmeiras: 7 Paulistas mais o Extra de 1938


Títulos e Conquistas:
1931 - Taça C. Giusti
1931 - Torneio Estadual Pró-Estádio
1931 - Taça Luiz Astorri
1931 - Taça Pinon Hauzer
1931 - Taça 14 de Julho
1931 - Taça Diário Nacional
1931 - Taça Saponácio Radium1
1931 - Festival de Aniversário do Syrio
1931 - Troféu A Bola
1932 - Campeonato Paulista
1932 - Taça APEA
1932 - Taça Giuseppe Garibaldi
1932 - Troféu Campeões da APEA
1933 - Campeonato Paulista
1933 - Torneio Rio São Paulo
1933 - Troféu Campeões da APEA
1933 - 1934 - Taça dos Invictos
1933 - Taça APEA
1933 - Taça O Dia
1933 - Taça Filizolla
1934 - Campeonato Paulista
1934 - Taça Prefeitura de Poços de Caldas
1934 - Taça Revanche
1934 - Taça Fluminense
1934 - Taça APEA
1935 - Taça União
1935 - Taça de Campeões SP-Santos
1935 - Torneio Início do Campeonato Paulista
1936 - Campeonato Paulista
1936 - Taça Porto Alegre
1936 - Troféu Campeões da APEA
1936 - Desafio Internacional de Clubes Brasil – Argentina
1937 - Taça Palestra Italia
1937 - Taça Aniversário
1937 - Taça de Campeões São Paulo-Bahia
1937 - Taça Prefeitura Municipal
1938 - Taça Conde Francisco Matarazzo
1938 - Campeonato Paulista Extra
1938 - Torneio do Paraná
1938 - Torneio de Fortaleza
1938 - Troféu Campeões da APEA
1938 - Taça Francisco Matarazzo
1938 - Taça Cidade de Birigui
1938 - Troféu Getúlio Vargas
1939 - Taça Máquinas Tonnanin
1939 - Torneio do Luzitano
1939 - Torneio Início do Campeonato Paulista
1939 - Taça Cidade de Amparo
1939 - Taça Carlo Nicolino
1940 - Campeonato Paulista
1940 - Taça Anita Pastore D'Angela
1940 - Taça Sabato D'Angelo
1940 - Taça Sudan
1940 - Torneio dos Campeões (Inauguração do Pacaembu)
1940 - Troféu Leader Sportivo
1941- Taça Lourenço Betti
1941- Taça Alviverde
1941- Taça Pinto de Castro
1941- Taça Cavalheiro Ernesto Giuliano
1942 - Campeonato Paulista
1942 - Torneio Início do Campeonato Paulista
1942 - Troféu Campeoníssimo
1942 - Taça Valvula Hidra
1942 - Taça Vida Esportiva Paulista
1942 - Troféu Tuffy-Fried
1942 - Taça Taquaritinga
1943 - Taça Nossa Senhora das Dores
1944 - Campeonato Paulista
1944 - Taça Choque Rei
1945 - Taça Aniversário do Fortaleza de Sorocaba
1945 - Taça A Semana Inglesa
1945 - Troféu Antonio Feliciano
1945 - Taça A Favorita
1945 - Troféu Tuffy-Fried1

Fonte: Palestrinos




“Quitinha”
Por Iolanda Minitti
1941
JUNQUEIRA! JUNQUEIRA! JUNQUEIRA!  Quantas vezes este brado sacudiu nossas Praças de esportes! E o público emocionado acompanhava as calmas jogadas do “Homem Elástico”, que na zaga esquerda, tanto palestrina como paulista, deixava “tontos” ponteiros e meias contrários. Junqueira é indiscutivelmente o protótipo do futebolista. Não foi ele – infelizmente – contaminado pelo “vírus” do convencimento, como muitos outros campeões. Além de “Mago da Pelota” é rapaz muito simpático e de fino trato.
Vamos procurar descrevê-lo: alto, porte soberbo, tez moreno, cabelo aloirado, ligeiramente ondulado, dentes alvos, olhos “castanhos vivos”, em que se lê perfeitamente uma de suas maiores virtudes: a franqueza. Por um dever de lealdade, porém avisamos às nossas leitoras que “Mestre” Junqueira não é solteiro... Há sete anos  é o marido modelar da virtuosa sra. Maria Aparecida Orsi. Portanto... quem avisa amigo é...
Encontramos “Mestre” Junqueira no Parque Antártica, por ocasião do treino costumeiro dos palestrinos. Ao saber que desejávamos entrevistá-lo, colocou-se a nossa disposição.
José Junqueira de Oliveira, vulgo “Quitinha”, é natural de Vargem Grande, neste estado, onde veio ao mundo, em 26 de fevereiro de 1910. São seus progenitores José de Oliveira Costa e sra. Guilhermina de Oliveira. Mal sabia andar e já se entusiasmava pelo futebol. Quando pegava numa bola, não havia santo que a fazia largar. Estava trabalhando para ser campeão; jamais poderia fugir ao que deveria ser, e não fugiu, para gáudio de seus “fã”. Aos 12 anos, iniciou-se de vez, quando entrou para o quadro Ginásio Diocesano de Botucatu, onde permaneceu por bem 4 longos anos, sempre como “back” direito. Transferiu-se para Araraquara, passou a defender as cores do Mackenzie College, sempre na mesma posição. Ali permaneceu dois anos e meio. Depois, foi o nosso “Junca” para o Paraná onde ficou sem contato com a bola quase três anos. Tende fixado residência na terra dos pinheirais, desinteressou-se (aparentemente) do “pébol”. Quem o descobriu foi o pranteado cav. Ernesto Giuliano, um dos palestrinos da velha guarda, que convidou-o à treinar no alvi-verde.
Nesse tempo, 1931 era Bianco Spartaco Gambini, o popular “gorrinho vermelho” o treinador do Palestra. Sendo Loschiavo zagueiro direito titular, foi Junqueira deslocado para a esquerda, onde se adaptou perfeitamente , conseguindo “abafar”, como se diz vulgarmente. Durante dois anos, formou a zaga alvi-verde com Loschiavo. Em 1933 Carnera ingressou nas fileiras palestrinas, e daí, surgiu a mais famosa zaga brasileira de todos os tempos, e que até hoje é a mais firme dos nossos campos: CARNERA-JUNQUEIRA.
Perguntamos quantas vezes Junqueira foi campeão... ao que ele nos retrucou: “Fui tri-campeão para meu clube 32, 33 e 34: em 33 além de ser Campeão Paulista, fui campeão brasileiro e inter-estadual. Portanto, num ano, três vezes campeão. Em 1936, novamente o Palestra conquistou o título, e agora, em 1940 também sagrou-se Campeão Paulista. Junqueira, pois, como se vê, já foi sete vezes campeão. É conta de mentiroso mas é verdade.
Indagamos nosso grande zagueiro, o que ele pensava do atual campeonato, e ele respondeu com toda franqueza: “Para falar a verdade, começamos muito mal, pois estamos em terceiro lugar com três pontos perdidos. Nossa entrevista estava por findar, quando arriscamos mais uma pergunta: Como se acha no Palestra?
“Contentíssimo. Todo mundo é camarada.
Cada dia que passa , mais satisfeito me sinto no Palestra Italia onde espero e conto permanecer no mínimo por mais dez anos...”




O Símbolo Junqueira
Por  Vicenzo Ragognetti
1943
Há dias, na sede do Palmeiras, ex-Palestra, a melhor sede dos clubes  bandeirantes, ao lado da sua arquibancada social, inaugurou-se  o busto de José Junqueira de Oliveira, o Quita de todos os palestrinos, o mais “velho” defensor da camiseta verde.
O fato não é novo. Também o Corinthians tem o busto do seu jogador mais querido, o que nunca trocou de camisa, o incrível Neco, pulsante e vibrante, que incarna o tipo completo do jogador corintiano.
Mas o caso de Junqueira, há uma grande singular novidade: o busto de Neco foi feito para um jogador amador. No tempo de Neco não havia profissionalismo no nosso País, e, por conseguinte, não havia gordas luvas, sedutores contratos, gostosos ordenados, e, sobretudo, gulosos prêmios para cada vitória difícil. Conhecendo, como conheci, o Neco dos meus tempos, creio eu, que bem dificilmente ficaria no Corinthians.
Entretanto, Junqueira entrou para o profissionalismo em plena forma, em pleno vigor das suas forças físicas, em plena eficiência no seu lugar escabroso de zaga, ficou no Palmeiras, sossegado e tranqüilo, com seu eterno sorriso de bonachão imperturbável, entre os palestrinos de todos os tempos, sem levantar uma queixa, sem exigir coisas de outro mundo, sem “vender-se caro”, aproveitando da situação e da necessidade implemente do clube. Portanto, Junqueira, dentro do Palestra, primeiro, depois dentro do Palmeiras, tornou-se um símbolo. Lendário símbolo do jogador perfeito do alviverde: Pode o clube trocar de nome, mas ele Junqueira, não trocará de camisa.
Eu sei, pessoalmente, de alguns episódios da carreira de Junqueira. Quase “encostado” no quadro pois a zaga de Carnera e Beglionini estava em grande forma, o Junqueira seguiu para a Bahia, na excursão que realizou vitoriosamente, há alguns anos, na qualidade de reserva. Estava sem contrato e com muita vontade de jogar. Conseguiu tomar o lugar de Beglionini no segundo tempo de um encontro qualquer, pois o titular se machucara. Junqueira assombrou os baianos. Jorge de Abreu, médico baiano e esportista de lei, depois do jogo, conversando comigo, me perguntou qual a razão o melhor “back” que tínhamos estava na reserva. Expliquei-lhe como pude a tal razão... Soube-se que o homem estava sem contrato. Foi assediado por todos. Fizeram-lhe as melhores propostas, também em nome de clubes do Rio de Janeiro, que, naquele tempo, era melhor “ambiente” financeiro  para profissional de futebol.
O Junqueira dirigiu-se para meu amigo Caetano Marengo, que chefiava a turma: “Olhe, dão um jeito de arranjar o meu contrato o mais depressa possível – elucidou o Quita – com qualquer dez contos de luvas, para que eu me possa livrar desses cacetes...”
Outro episódio. Jurandyr, que fora sempre ligado de grande amizade ao Quita, fazia “furor” em Buenos Aires. No clube portenho onde se encontrava, precisavam de um back. O Junqueira mais uma vez estava sem contrato. Jurandyr mandou-lhe um telegrama, em nome dos diretores do clube, oferecendo-lhe um contrato vantajosíssimo. Quita pegou o contrato, leu, cismou, meditou, e, depois, foi entregá-lo a Ítalo Adami, então presidente do alviverde, Ítalo, com aquela falsa displicência que o caracterizava, mas que esconde os olhos de amigo, a sua astúcia industrial, “lobo” esperto de negócios, torcendo os lábios finos; provocou-o – “Ora seu Ítalo!... – repicou Quita com seu costumeiro sorriso de latifundista “manquée” – Eu vou, somente se o Palestra não me quer mais”... Desta vez, foi Ítalo quem sorriu.

Justa, portanto, a homenagem que a massa anônima – a melhor – do clube mais popular do Brasil, prestou a Junqueira, seu queridíssimo Quita, o jogador  que durante  a sua longa carreira  somente vestiu  duas camisetas: a do Palmeiras e a do Combinado Paulista. Mesmo neste ato de gratidão que o clube presta ao Junqueira, ele não “pesou”, pois o busto foi feito não as custas do clube, nem pelo gesto fidalgo de um diretor rico, mas com um ou dois, ou cinco cruzeiros de todos os palmeirenses.
Assim, mais que o bronze, Junqueira ficará no coração de todo o palmeirense para sempre!





Comemorando um Aniversário
"Mestre Junqueira"
Símbolo da Constância e Lealdade
Por Iolanda Minitti
1943
Mais um ano que passa... mais uma glória que fica... E assim continua o Palmeiras, qual astro de primeira grandeza, a brilhar no firmamento do esporte paulista e brasileiro.
Quando nasceu era Palestra, depois, Palestra de São Paulo, e agora... Palmeiras Nome que simboliza a pujança e a poesia, recordando o célebre verso de Gonçalves Dias: "Minha terra tem palmeira onde canta o sabiá..." Mas simboliza a força. Por isso, tal qual a árvore que lhe empresta o nome, que tranquila e serena ostenta seu valor, desafiando a ventania e a tempestade, o alviverde do Parque Antártica (hoje parque das Palmeiras) também a tudo resiste intrépido e varonil.
Neste mês que o Campeoníssimo completa mais um ano de vida, o 29º, todo coração palmeirense está jubilante. No dia 26, quando o clube do nosso sempre querido e venerado Enrico de Martino "ficará mais velho", precisamos prestar-lhe uma homenagem, o que fazemos na pessoa do seu dedicado  e mais antigo defensor: JUNQUEIRA!
Muitas das alegrias que nossas cores tiveram, as devemos em grande parte ao esforçado "Quita" o símbolo da abnegação e amor à camisa esmeraldina. E por isso, do meu canto peço à vocês todos, amigos, que elevem seu corações ao Criador, pedindo para que faça Junqueira feliz, pois ele bem o merece.
Por isso milhares e milhares de palmeirenses que há por este imenso Brasil hão de dizer: "Obrigado Junqueira , muito obrigado. Nós te saudamos juntamente com o querido Palmeiras, nesta data gloriosa, símbolos que és de sua grandeza e poder".
De fato Junqueira veste a camiseta branca e verde há 12 anos, não tende defendido nenhum outro clube. É este exemplo fantástico de dedicação! Por tal motivo, e mesmo para satisfazer a vontade de muitos fãs resolvemos dar "dois dedos de prosa com o inconfundível zagueiro.
O querem que eu diga? já lhes disse milhares de vezes o que sinto: que aqui é minha casa, que vocês todos são minha família... que o Palmeiras é meu mundo. O que querem mais?
 — Queremos saber Junqueira, se está contente com a homenagem que lhe vão prestar?
"Creiam que estou emocionadíssimo. Mas, tratem de fazer logo, senão... outros jogadores me passarão a "perna".
 — Como assim?
"O Lima não faz 5 ou 6 anos que está aqui? O Canhotinho também não pertence ao clube de há muito? Por isso, tratam de fazer logo o "negócio". Depois sabe como é, estarei ainda por cima?".
 — Diga que tal o novo quadro? seremos campeões?
"O nosso quadro está ótimo. Aquele jogo contra S.P.R.  estragou tudo... Mas também, pagamos logo com juros... Falar que vamos ser campeões é muito arriscado. Mas quem sabe... Não temos a cor da esperança? De todos os companheiros que tive, nunca poderia esquecer o Carnera, o mais leal, e dedicado amigo e companheiro. Nunca me dirigiu uma admoestação, nunca discutiu comigo, eu o estimo como irmão. senti demais sua saída do nosso onze. Ma, como cada qual procura o que lhe convém... só espero que ele seja bem feliz como merece."
 — E os outros companheiros de zaga, que tal?
"Oswaldo é o que no meu coração, substitui o Carnera. Há poucos meses que atuamos juntos e parece que já nos conhecemos a anos.
 — Junqueira ainda pretende continuar jogando por muito tempo?
"Continuo até o clube precisar de mim e os torcedores... "aturarem"...
 — Ora, para nós você ainda está em plena forma, e há de jogar muito, salvo se mudar de clube."
Junqueira fica sério e diz: "Não brinca. Sempre fui cobiçado por vários clubes paulistas, cariocas e até argentinos, mas nunca deixei meu Palmeiras, pois me ufano em poder envergar sua gloriosa camiseta esmeraldina. Lá em casa todos são alviverdes, e, se um dia eu sair daqui, pobre de mim, dormiria ao relento. depois tenho medo da "praga verde". aqui iniciei, aqui fiquei reconhecido e famoso (salvo a modéstia). Meu ideal de vida, desde 1931, foi lutar, defender o Palmeiras, até minhas forças permitirem. E aqui encerrarei minha carreira, que alguns, bondosamente, qualificam de gloriosa."
Del Debio chama Junqueira para treinar e às pressas nó o indagamos: Quantas vezes você foi campeão?
"Fui Tri-Campeão paulista, 32, 33, 34, campeão brasileiro e interestadual em 33. Novamente campeão paulista em 36 e 40, paulista e brasileiro 42."  (Junqueira ainda foi campeão paulista de 44)
Novo apito, e Junqueira se apressa: "Diga que o "Quita" ainda quer continuar a defender o clube de seu coração, para pagar ao menos em parte, a grande dívida de gratidão que tem a Diretoria, associados e torcedores, que em si depositaram sua confiança."
*******************************
E nós o saudamos incomparável "Mestre Junqueira", jogador que independente do profissionalismo, defende o ideal: o Palmeiras !



Junqueira, O Grande Guardião Esmeraldino
Por Fernando Galuppo
2010
Defesa que ninguém passa. Com certeza, quando Antonio Sergi criou essa belíssima estrofe para o hino imortal da gloriosa Sociedade Esportiva Palmeiras, ele se inspirou na figura serena e impávida de José Junqueira de Oliveira.
Cheio de brio e ainda garoto, com apenas 21 anos de idade, Junqueira vinha do interior paulista para estrear na equipe principal do Palestra Itália em 1931 para, enfim, por ordem na defensiva alviverde que sentia as ausências de Amílcar Barbuy e Bianco Spartaco Gambini que se aposentavam para o futebol no final dos anos 20. Bianco, por sinal, foi o treinador que deu a oportunidade ao garoto. Com seu olho clínico e conhecimento apurado da posição, acertou em cheio.
Com um estilo clássico, Junqueira não demorou para firmar-se na posição e não mais sair. Foi uma história de amor incondicional que durou por mais de 14 anos. Foram 341 jogos e nenhum gol marcado. Muitos salvos. Por sinal, o mais emblemático e que ficou eternizado no coração dos palestrinos-palmeirenses foi diante do rival Corinthians, no primeiro turno do Campeonato Paulista de 1942 no estádio do Pacaembu.
Junqueira, simplesmente, salvou um gol que decretaria a vitória a favor dos alvinegros em cima da linha aplicando uma “bicicleta”! Sim, senhores. De bicicleta ele tirou a bola que ia atravessar a meta palestrina.
Enquanto o atacante Leônidas é decantado em prosa e verso por seus feitos com a jogada mágica, poucos se recordam de que Junqueira era um perito no assunto, tal qual o “Diamante Negro”, mas com objetivo inversamente proporcional. O defensor palestrino usava esse artifício para proteger a retaguarda alviverde. Por essas e outras, ficou conhecido entre os esmeraldinos fervorosos como o “Mago da Bola”.

Junqueira foi um líder taciturno. Pouco falava. Jogava. Teve passagens brilhantes pela Seleção Paulista e participou dos grandes esquadrões das décadas de 30 e 40. Devido ao período de Guerra, não pode ter uma carreira tão prolongada em defesa da seleção brasileira, como quase todos os grandes craques da época. Quem perdeu foi só o futebol.
É, até hoje, o jogador palmeirense que mais vezes sagrou-se Campeão Paulista. Foram sete conquistas estaduais. Predestinado, foi um dos heróis da célebre equipe de 1942, na Arrancada Heróica, quando o Palestra passava a chamar-se Palmeiras, no dia 20 de setembro daquele ano. Na ocasião, foi um dos escolhidos para entrar a frente da equipe com o pavilhão nacional.
Em sua carreira, teve grandes companheiros de zaga: Carnera, Loschiavo, Cambon, Volponi, Begliomini, Celestino, Osvaldo, Palante e Caieira.
Profissionalmente, pendurou a chuteira em 1945. Mas não resistiu e voltou a correr atrás da pelota pela última vez em 1946, quando foi campeão da Taça Cidade de São Paulo com a equipe de veteranos do Palmeiras, na vitória por 1 a 0 diante dos veteranos do São Paulo, no estádio do Pacaembu. Ali foi o ponto final. Coroava, assim, a sua trajetória nos campos da forma como começou: conquistando títulos!
Nesse mesmo ano de 1946, atuou em 12 jogos como treinador da equipe principal do Verdão, fazendo dupla com outro gigante imortal da história palestrina: Oswaldo Brandão.
De 1947 a 1949 foi o treinador da equipe amadora do Palmeiras. Conduziu os amadores do Verdão aos seguintes títulos: Campeão Paulista da Divisão Extra Amadora – FPF (1947 e 1948). Campeão Paulista Amador – FPF (1947). Campeão Amador do Estado – FPF (1947). Revelou talentos na base, como Dino Sani e Gino Orlando.
Serviu ao Palmeiras até o fim dos seus dias, com amor, fé e desprendimento inabaláveis. Por sua dedicação as cores alviverdes, foi imortalizado pelos dirigentes palestrinos com um busto de bronze nos jardins do Palestra Itália.
Para sempre, Junqueira será lembrado como o maior exemplo de palestrinidade.
Para sempre, Junqueira renasce no coração da gente alviverde!
Para sempre, a sua alma brilhará sobre o Palestra Itália num verde intenso!
Para sempre, Junqueira será o Guardião Esmeraldino!





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23.2.13

Lembranças, Memória Inacabada



Era só para ser lembrada...

Mas a lembrança traz consigo
a fome e a fomentação de outras lembranças.
Lembranças difíceis de serem lembradas,
ou inteiramente recuperadas.

Mas a mente sempre dá um jeitinho de enganar;
Ela traz à tona e de maneira acentuada
apenas as boas lembranças,
deixando na gaveta do esquecimento (claro, entreaberta)
as lembranças ruins e desagradáveis.

Memória inacabada.


E fica aquela sensação de ‘eu era feliz e não sabia’.

Mas será mesmo que não sabia?

E será que era realmente feliz de verdade, por inteiro?

Enfim, quem pode garantir que num futuro
não muito distante, essa estranha sensação saudosista de
‘eu era feliz e não sabia’ não volte a se repetir;
mas lá, em relação ao hoje, aos dias atuais.

A mente sempre dá um jeitinho de enganar.

A mente também mente.


Renato J. Oliveira               23 de fevereiro de 2.013


18.2.13

Eu Etiqueta (Carlos Drummond de Andrade)


Em minha calça está grudado um nome 
Que não é meu de batismo ou de cartório 
Um nome... estranho. 
Meu blusão traz lembrete de bebida 
Que jamais pus na boca, nessa vida, 
Em minha camiseta, a marca de cigarro 
Que não fumo, até hoje não fumei. 
Minhas meias falam de produtos 
Que nunca experimentei 
Mas são comunicados a meus pés. 
Meu tênis é proclama colorido 
De alguma coisa não provada 
Por este provador de longa idade. 
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, 
Minha gravata e cinto e escova e pente, 
Meu copo, minha xícara, 
Minha toalha de banho e sabonete, 
Meu isso, meu aquilo. 
Desde a cabeça ao bico dos sapatos, 
São mensagens, 
Letras falantes, 
Gritos visuais, 
Ordens de uso, abuso, reincidências. 
Costume, hábito, permência, 
Indispensabilidade, 
E fazem de mim homem-anúncio itinerante, 
Escravo da matéria anunciada. 
Estou, estou na moda. 
É duro andar na moda, ainda que a moda 
Seja negar minha identidade, 
Trocá-la por mil, açambarcando 
Todas as marcas registradas, 
Todos os logotipos do mercado. 
Com que inocência demito-me de ser 
Eu que antes era e me sabia 
Tão diverso de outros, tão mim mesmo, 
Ser pensante sentinte e solitário 
Com outros seres diversos e conscientes 
De sua humana, invencível condição. 
Agora sou anúncio 
Ora vulgar ora bizarro. 
Em língua nacional ou em qualquer língua 
(Qualquer principalmente.) 
E nisto me comparo, tiro glória 
De minha anulação. 
Não sou - vê lá - anúncio contratado. 
Eu é que mimosamente pago 
Para anunciar, para vender 
Em bares festas praias pérgulas piscinas, 
E bem à vista exibo esta etiqueta 
Global no corpo que desiste 
De ser veste e sandália de uma essência 
Tão viva, independente, 
Que moda ou suborno algum a compromete. 
Onde terei jogado fora 
Meu gosto e capacidade de escolher, 
Minhas idiossincrasias tão pessoais, 
Tão minhas que no rosto se espelhavam 
E cada gesto, cada olhar 
Cada vinco da roupa 
Sou gravado de forma universal, 
Saio da estamparia, não de casa, 
Da vitrine me tiram, recolocam, 
Objeto pulsante mas objeto 
Que se oferece como signo dos outros 
Objetos estáticos, tarifados. 
Por me ostentar assim, tão orgulhoso 
De ser não eu, mas artigo industrial, 
Peço que meu nome retifiquem. 
Já não me convém o título de homem. 
Meu nome novo é Coisa. 
Eu sou a Coisa, coisamente.







14.2.13

Galileu Galilei o 'mensageiro das estrelas'



Entre tantos gênios, cientistas e pensadores, o italiano Galileu Galilei ocupa, principalmente na área das descobertas, uma posição de incontestável valor.
Nascido a 15 de fevereiro de 1.564, em Pisa, na Itália, Galileu Galilei tinha tudo para se destacar nas artes musicais, pois seu pai, Vincenzo Galilei, era um importante compositor Fiorentino e em sua casa foram apresentadas as primeiras óperas de que se tem conhecimento. Porém, mesmo tendo arriscado uma passagem na literatura, escrevendo ainda na juventude sobre Dante e Tasso, as reais vocações de Galileu Galilei manifestar-se-iam em 1.581 quando, observando os lustres suspensos na Catedral de Pisa, formulou as leis do pêndulo (ou isocronismo).  Dois anos depois, em 1.583, matriculou-se na Universidade de Pisa, onde permaneceu até 1.585, quando decidiu abandonar o curso. Nessa época, Galileu teria inventado a balança hidrostática. Tempos depois passou a dar aulas como professor de matemática na Universidade de Pádua onde começou a expor e defender suas descobertas teóricas, tendo formulado em 1.602 as leis da queda dos corpos.
Ao tomar conhecimento da invenção do telescópio na Holanda, Galileu aperfeiçoou e construiu seu primeiro telescópio entre 1.608 e 1.609, passando, a partir deste feito, a observar os corpos celestes.
A partir de 1.610, Galileu começou a registrar suas importantes descobertas astronômicas, entre elas, a existência de milhares de estrelas na Via Láctea; montanhas, mares e crateras na Lua; os satélites de Júpiter; as fases de Vênus; as manchas e a rotação do Sol sobre seu eixo; os anéis de Saturno (que ele chamou de ‘braços’). Todas essas e outras descobertas foram publicadas no ano de 1.610, no livro “Mensageiro das Estrelas” (Sidereus Nuncius). Com essas teorias, especialmente as das fases de Vênus, Galileu reforçou as descobertas teóricas de Copérnico sobre o sistema heliocêntrico, assimilando as fases de Vênus às da Lua, demonstrando com isso que os planetas, inclusive a Terra, orbitam em torno do Sol.
Mas, a “Santa Inquisição” promovida pela Igreja Católica, defendia a tese de que a Terra era o centro do Universo e, em 1.611 acusou Galileu Galilei de heresia por contestar suas ideias, chamando-o para Roma no mesmo ano para defender-se. Apesar de conseguir escapar da condenação em 1.616, Galileu foi obrigado a assinar um decreto da Inquisição afirmando que suas teorias (e as de Copérnico) não passavam de meras hipóteses.
Em 1.623, com a publicação do livro “Experimentador” (Saggiatore) em que contrariava as teorias físicas de Aristóteles, Galileu incorporou a matemática como fundamento das ciências exatas. Mais tarde, no livro “Diálogo sobre os grandes sistemas do universo” (Dialogo I Due Massimi Sistemi Del Mondo) publicado em 1.632, Galileu Galilei voltou a defender as ideias do sistema heliocêntrico, o que motivou a insatisfação do Papa Urbano VIII e demais autoridades da Inquisição.
No ano seguinte, novamente diante do tribunal em Roma, após terríveis ameaças (pessoais e à sua família), Galileu foi julgado por suas ‘ideias heréticas’ e condenado à prisão domiciliar, sendo obrigado a renegar mais uma vez suas teorias. Mesmo estando proibido de publicar qualquer livro, em 1.634, já isolado em sua vila, perto de Florença, Galileu escreveu “Teorias e provas matemáticas sobre duas novas ciências” (Discorsi e Dimostrazione Matematiche a Due Nuove Scienze Attenenti Allá Meccanica) e, em 1.638, descobriu que a freqüência das vibrações emitidas por um som determinam o seu tom.
Apesar de ser considerado um cientista bastante arrogante em sua época, acusado de valer-se de manobras políticas para atrapalhar o trabalho de outros inventores; de abandonar a amante e mandar as duas filhas para um convento, Galileu Galilei é visto hoje como um dos maiores gênios da história da humanidade.
Depois de passar nove anos em prisão domiciliar, Galileu morreu no dia 8 de janeiro de 1.642, aos 77 anos, em Arcetri (Florença).

As acusações de heresia, atribuídas a ele pela Inquisição, foram retiradas pelo Papa João Paulo II, em 12 de setembro de 1.982.


  • Acredita-se que ao ser condenado em prisão domiciliar por defender que a Terra não era o centro do Universo e que orbitava em torno do Sol, Galileu Galilei teria dito: “No entanto, ela (a Terra) se move.”

Texto: Renato Curse               fevereiro de 2.001


(Este texto foi publicado no periódico semanal “Mix Cultural” #17, de 03 de março de 2.001)


12.2.13

Acredite no seu potencial, mesmo que outros duvidem!



Na vida, você também vai se deparar com pessoas que não enxergarão o verdadeiro potencial que você tem. Pessoas que vão ignorar o seu talento e a sua capacidade; pessoas que acharão que todos são melhores ou mais capacitados que você.

Mas não desanime!

Certamente um dia todas essas pessoas se arrependerão, mas o mais importante é que você mantenha-se convicto da sua capacidade e nunca desista dos seus ideais.
Continue acreditando em você e aprenda também a ignorar ou não dar tanta importância para a opinião ou juízo negativo que outros fazem acerca do seu potencial.

Não as odeie, porque com certeza elas não são melhores que você e nem tampouco dignas de lhe remoer com sentimentos/pensamentos negativos. 
Esqueça-as, ignore-as.

FAÇA O SEU MELHOR E O MELHOR VIRÁ!




Renato J. Oliveira              09 de fevereiro de 2.013




10.2.13

Recordando a Brado Revolucionário


BRADO REVOLUCIONÁRIO foi uma banda anarcopunk hardcore dos anos 90, formada por indivíduos das cidades de Leme e Porto Ferreira, interior de São Paulo.
Participei da banda desde a sua formação inicial, de novembro de 1.995 até junho de 1.999. Pelo que sei, algum tempo depois (um ano ou mais talvez) a banda encerrou suas atividades. 
Na década de 90 a Brado Revolucionário foi uma banda bastante ativa no cenário punk alternativo. Tocamos em várias cidades do interior de São Paulo, entre elas Ribeirão Preto, Hortolândia, Mogi Mirim, Porto Ferreira, Leme...  
No dia 25 de maio de 1.996, a Brado Revolucionário gravou uma fita demo split com a banda Ação Revolucionária (de Goiânia-GO) intitulada "Kaos de Odiável Sintonização". 
Essa gravação está disponível para download, mas só o trecho da Brado Revolucionário (mais uma faixa bônus gravada em 22 de maio de 1.999 intitulada "Cannabis Sativa") no link abaixo dos títulos das faixas.  A gravação é caseira, portanto de baixa qualidade.



02 - Em nome da razão
03 - Pare o comercialismo
05 - Morte ao Estado
06 - Não à Coca-cola
07 - Filho do povo [Hijo del pueblo]
08 - Dia da revolução
10 - Brado Revolucionário
11 - Boicote e combate a pseudo-punks
12 - Gangues fascistas
13 - Filhos da terra
14 - Cannabis sativa [faixa bônus]


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1.a Formação: Esq. para. dir.: Rodrigo, Coquinho, Lêka e Renato Curse

 2.a Formação: Esq. para. dir.: Rodrigo, Renato Curse, Agnaldo e Gilmar (Edir)




RELEASE 1996

Inicialmente formada em novembro de 1.995, mas posteriormente concluída e estabilizada em janeiro de 1.996, a Brado Revolucionário se define como uma banda de indivíduos punks, identificados, inspirados e assumidos na proposta Socialista Libertária, no Anarquismo; portanto uma banda anarcopunk transmissora de mensagens e proposições libertárias, abrangendo também letras que enfocam os diversos males sociais, bem como os males provocados pelo Estado e pelo próprio ser humano a toda sua espécie, à natureza, meio ambiente, aos animais, enfim, as injustiças e os crimes que atingem e agridem o mundo todo.
Vale ressaltar que a Brado Revolucionário não é formada por indivíduos extremo-radicais; não fazemos distinções, mas, não concordamos com o fascismo, ganguismo, violência gratuita, machismo, homofobia, xenofobia, estrelismo, idolatria ou comercialismo infiltrados no movimento punk/anarquista, representados e propagados por pseudo punks incoerentes que agem seguindo à risca o que a mídia e os meios de comunicação burgueses publicam e difundem, deturpando com cinismo a essência das propostas do Movimento Punk.  Parem a deturpação! Viva a Imprensa Alternativa!
Apoiados na teoria realizável de que a união e a organização dos oprimidos, quer sejam estes proletários, explorados, desempregados ou desabrigados, como também as diversas camadas discriminadas (negros, mulheres, homossexuais, lésbicas...) será benéfico para toda a humanidade, cremos na Revolução Social, por isso somos pró-revolucionários, à favor de uma sociedade livre, sem imposições, arbitrariedades ou dogmas, um mundo justo e igualitário, solidificado na cooperação, união, respeito, auto-gestão e na ordem natural, espontânea e digna; abolindo então, o poder e o domínio da minoria sobre a maioria, o poder do Estado.
Viva a Revolução Psicológica, pois esta será o início marcante e triunfante da Revolução Social.
Pela União dos insatisfeitos e revoltados.
Pela ação direta dos obreiros e demais manipulados.
Pela abolição dos preconceitos ignorantes e prepotentes.
Que prevaleçam os sonhos e os desejos de um mundo melhor e que caiam no abismo do esquecimento todas as ilusões autoritárias, separatistas, divinas, satânicas...
Para completar, a Brado Revolucionário (banda anarcopunk) tem como influências: o cotidiano, o ódio ao atual sistema, a revolta ao dogmatismo e a principal delas: o Anarquismo.
LIBERDADE, IGUALDADE, SOLIDARIEDADE, ORGANIZAÇÃO, PLENITUDE...
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Atualmente formada por: Coquinho (bateria), Curse (vocal), Rodrigo (guitarra)

"Acreditamos em nossa cultura, nossa imprensa alternativa, nossos meios de protesto sonoro, nossa oposição ao sistema, nossa luta, nossa militância, nossa seriedade. Acreditamos no Movimento Punk, no Anarquismo."

AVANTE LIBERTÁRIOS!


Texto: Renato Curse              1996







* release original