Sentada à beira da estrada...
Era linda, maravilhosamente linda, incontestavelmente encantadora e
cativante pelos mistérios que seu olhar transmitia;
olhar que conseguia atrair
todos os olhares para sua direção.
Sentada à beira da estrada...
Era sempre assim, mas, ninguém, por mais que forjasse
ideias
podia imaginar o que de verdade aquele olhar queria transmitir;
podia imaginar o que de verdade aquele olhar queria transmitir;
olhar
que fitava atento algo que ninguém sabia ao certo.
Para muitos, o olhar fitava atento o nada.
Sentada à beira da estrada...
Era fascinante com todo seu mistério e beleza.
Muitos até tentaram um diálogo com ela, desejando qualquer
tipo de resposta, mesmo que negativa,
Muitos até tentaram um diálogo com ela, desejando qualquer
tipo de resposta, mesmo que negativa,
porém, sempre ficava claro que ela preferia dialogar
com o nada,
o nada que ela sempre olhava.
o nada que ela sempre olhava.
Sentada à beira da estrada...
Não era mais ela, não era mais dona de tanta beleza e
formosura,
seu olhar não tinha mais aquele toque envolto a sedução e ao mistério.
seu olhar não tinha mais aquele toque envolto a sedução e ao mistério.
Dizem que, dias atrás, uma bela moça levantou-se de onde estava
sentada e,
olhando para o nada, resolveu atravessar a estrada.
O que levou-a a se levantar e caminhar para o nada
será para sempre um mistério.
será para sempre um mistério.
Ela foi atropelada, arremessada a vários metros,
caindo
morta à beira da estrada.
morta à beira da estrada.
Morta à beira da estrada...
Renato J. Oliveira 01 de outubro de 2001
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