Mesmo quem
não aprecia a música clássica já deve ter ouvido falar de Beethoven, quem sabe
até por alguma eventualidade, também ter ouvido algumas de suas sinfonias,
quartetos, sonatas... E para quem
aprecia, Beethoven é um dos maiores gênios da Música, talvez o de maior
importância da Era do Romantismo, à qual juntamente com Franz Schubert e outros
autores ajudou a criar.
Ludwig van
Beethoven nasceu no dia 16 de dezembro de 1.770 em Bonn, na Alemanha. Veio de
uma família muito ligada à música; o nome ele herdou de seu avô que era baixo
solista; seu pai, Johann, era tenor da corte e professor de música. Mas o
menino Beethoven não teve uma infância das melhores, pois sua família passava
por uma grave crise financeira e para agravar as coisas, seu pai havia se
transformado num alcoólatra. Em muitas ocasiões Beethoven era acordado durante
a madrugada e nas horas mais impróprias por seu pai que, bêbado e agressivo, o
obrigava a estudar violino. Também estudou composição, piano e órgão com
Christian Neefe e, recebendo grande influência do Barroco de Bach e do
Classicismo de Mozart, compôs e publicou sua primeira obra ainda muito jovem, a
qual intitulou “Mozart, o grande futuro”.
Aos 13 anos
de idade (foto) foi nomeado acompanhante da Capela do Príncipe Eleitor e mais tarde
passou a dar aulas de piano às nobres famílias de sua cidade, obtendo bastante
sucesso.
Aos 16 anos
perdeu a mãe e pelo fato de seu pai já estar completamente arrasado pela
bebida, Beethoven foi obrigado a cuidar da casa e dos irmãos menores.
Em 1.792,
aos 22 anos, foi mandado para Viena a fim de completar sua formação musical (lá
permaneceu por toda vida), passando a dedicar-se exclusivamente à música,
recebendo valiosos ensinamentos de Franz J. Haydn e Johann Albrechtsberger.
A partir de
1.798, Beethoven começou a sentir os primeiros sinais da surdez que se
acentuaria ainda mais nos próximos anos.
Apesar de
obter fama e sucesso em Viena como compositor e pianista, passou a buscar a
solidão, ficando cada vez mais rude nos primeiros anos do século XIX e,
resistindo a todos os tratamentos para sua doença.
Beethoven, mesmo nunca tendo se casado, foi um homem de
grandes paixões, a maioria delas repentinas, por algumas de suas alunas, para
as quais até escrevia cartas de amor.
Em 1.806
chegou a assumir compromisso com Thèrèse de Brunswick (uma paixão que jamais
esqueceria), porém sentiu-se obrigado a renunciar o seu amor. No ano seguinte,
aos 37 anos, Beethoven, percebendo a completa surdez que o impedia de tocar em
concertos, tomado de profunda depressão, chegou a pensar em cometer suicídio.
Desistindo da
tola ideia e mais tarde já tendo superado a crise de depressão, Beethoven,
mesmo completamente surdo, atingiu a mais intensa maturidade artística,
compondo trabalhos cada vez mais criativos.
Dentre suas obras principais
destacam-se, além das 9 Sinfonias, 9
Aberturas, 17 Quartetos para cordas, 32 Sonatas para piano, 5 Concertos para
piano, 1 Concerto para violino, 10 Sonatas para violino e piano, 5 Sonatas para
violoncelo e piano, 21 Variações para piano, 2 Missas, Missa solene, 1
Oratória, Cantatas, 66 Canções, além de Orquestras, Marchas, Danças,
Contradanças, Valsas, etc., e “Fidélio”, sua única ópera.
No total, Beethoven
compôs cerca de 600 obras, metade delas para arranjos vocais. As mais
conhecidas são a 3.a. 5.a, 6.a e a 9.a Sinfonia, o 5.o Concerto para piano, a “Pastoral”,
o “imperador”, “Sonatas ao luar”, “Patética”, “Apaixonada”, “Coriolano”, “A
Batalha de Vitória”, “Sonata a Kreutzer”, entre outras.
Beethoven, o
homem de espírito solidário e generoso, morreu aos 56 anos de idade, em Viena,
no dia 26 de março de 1.827, vítima de pneumonia e hidropisia.
“Minha arte deve ser
consagrada ao bem dos pobres”
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Texto publicado na edição # 15 do Informativo
Semanal Mix Cultural, de 17 de fevereiro de 2.001.
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