13.1.17

Argumento Moral (para a existência de Deus)


Você pode ser bom sem Deus? 
Vamos descobrir.
Você vê um gato preso em cima de uma árvore e o ajuda a descer. Incrível! Aí está: prova inegável de que você pode ser bom sem acreditar em Deus.

Mas, espere, a pergunta não é "Você pode ser bom sem acreditar em Deus?"; a pergunta é "Você pode ser bom sem Deus?"

Aqui está o problema!
Se Deus não existe, qual fundamento permanece para que bem  ou mal, certo ou errado, sejam objetivos?

Se Deus não existe, os valores morais objetivos não existem.

E aqui está o porque: sem um ponto de referência objetivo, não temos como dizer que algo está realmente para cima ou para baixo. A natureza de Deus fornece um ponto de referência objetivo para os valores morais; é o padrão ou standard no qual todas as ações e decisões são medidas, mas, se não há Deus, não há nenhum ponto de referência objetivo; tudo que temos é o nosso ponto de vista, que não é mais válido do que o ponto de vista de qualquer outra pessoa. Esse tipo de moralidade é subjetiva e não objetiva; é como uma preferência por sorvete de morango, a preferência está no sujeito, não no objeto, por isso não se aplica a outras pessoas. 

Da mesma forma, a moralidade subjetiva só se aplica ao sujeito; não é válida ou obrigatória para qualquer outra pessoa. Assim, "em um mundo sem Deus, não pode haver nenhum mal e nenhum bem. Nada além de indiferença cega e impiedosa." (Richard Dawkins, ateu, biólogo evolucionista, membro emérito do New College, Oxford).

Deus manifestou a sua natureza moral para nós em forma de mandamentos; eles fornecem o fundamento para deveres morais, por exemplo, o atributo essencial de Deus, o amor, é expresso em seu mandamento "Ama teu próximo como a ti mesmo". Este mandamento fornece um fundamento sobre o qual podemos afirmar a bondade objetiva da generosidade, abnegação e igualdade, e da mesma forma podemos condenar a maldade objetiva da ganância, do abuso e da discriminação. 
Isso levanta um problema: algo é bom só porque Deus assim quer ou Deus  quer algo porque é bom?
A resposta é: nenhum. Em vez disso, Deus quer alguma coisa porque Deus é bom. 

Deus é o padrão dos valores morais. 
Assim como um espetáculo musical ao vivo é o padrão para uma gravação de alta fidelidade; quanto mais uma gravação soa como original, melhor ela é. Da mesma forma, quanto mais perto uma ação moral está em conformidade com a natureza de Deus, melhor é. 

Mas, se o ateísmo é verdadeiro, não existe um padrão definitivo e então não pode haver obrigações ou deveres morais. Quem ou o que estabelece tais deveres sobre nós? Ninguém.

Lembre-se: para o ateu, seres humanos são apenas acidentes da natureza. Animais altamente evoluídos. Mas, os animais não têm obrigações morais um para com o outro; quando um gato mata  um rato, ele não está fazendo nada moralmente errado, o gato está apenas sendo um gato. 

Se Deus não existe, então devemos ver o comportamento humano da mesma forma; nenhuma ação deveria ser considerada moralmente certa ou errada. Mas, o problema é: bem e mal, certo e errado existem?
Assim como a nossa experiência sensorial nos convence que o mundo físico é objetivamente real, a nossa experiência moral convence-nos de que os valores morais são objetivamente verdadeiros. 

Toda vez que você diz: "Hei, isso é uma injustiça,  isso é errado!", você afirma sua crença na moralidade objetiva. Estamos todos bem conscientes de que o abuso de crianças, a discriminação racial e o terrorismo são errados para todo mundo, sempre. Isto é apenas uma preferência ou uma opinião pessoal? 
Não.


"O homem que diz que é moralmente aceitável estuprar criancinhas está tão errado quanto o homem que diz 2 + 2 = 5" (Michael Ruse, ateu, filósofo da Ciência, prof. na Universidade Estadual da Flórida) 


Isso tudo equivale então a um argumento moral a favor da existência de Deus. 

Se Deus não existe, valores e deveres morais objetivos não existem. 

Mas, os valores e deveres morais existem. Portanto, Deus existe. 


O ateísmo não fornece um fundamento para a realidade moral que cada um de nós experimenta todos os dias. 

Na verdade, a existência de moralidade objetiva nos aponta diretamente para a existência de Deus.


Reasonable Faith with William Lane Craig - ReasonableFaith.org/moral







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