sempre teve boa educação;
família e bons amigos por perto,
não faltava-lhe amor, carinho e afeição.
O tempo foi passando, você foi crescendo;
o mundo mudou, sua vida mudou;
outros amigos você foi conhecendo
e, drasticamente, sua mente se transformou.
Na escola te ensinaram uma história errada
onde bandidos e assassinos viraram heróis;
Marighela, Lamarca, Lenin, Fidel, Che Guevara;
homens que por tão pouco matariam qualquer um de nós.
Te ensinaram também que a família já era,
que não passa de uma instituição falida;
te ensinaram que a política de esquerda é sincera
e que é o melhor caminho político para nossa vida.
Veja só, que absurdo, você acreditou nessa mentira,
nem mesmo quis estudar a fundo os dois lados;
despejou na sociedade toda a sua ira,
agindo como um tolo em sua luta contra o Estado.
Hoje você é um partidário militante engajado,
defendendo suas tantas bandeiras e causas sociais;
deixou a família e os bons amigos de lado,
colocando em primeiro plano suas ideias radicais.
Você diz que está lutando por um mundo melhor
e que a sociedade um dia vai lhe agradecer,
mas você está se tornando uma pessoa pior,
matando aos poucos o melhor que há em você.
Meu amigo, pare por um momento, faça uma reflexão:
será que vale a pena ser assim tão radical?
Estás a envenenar sua mente e também seu coração,
pois tudo o que defendes caracteriza o mal.
Você tem uma vida toda pela frente,
mas não se esqueça: passa rápido demais;
por mais que hoje estejas feliz e contente
amanhã nunca se sabe o que reserva nosso mundo voraz.
Não faça da sua vida uma tragédia anunciada;
defenda o que é bom, lute por algo realmente justo.
Pare de perder tempo com ideias erradas
antes que a vida lhe cobre um alto e amargo custo.
Não existe remédio para o arrependimento,
mas existe o perdão autoconsciente e também corretivo;
evite o caminho da mentira que só lhe trará sofrimento,
mate esse inimigo que reside aí contigo...
o inimigo que aos poucos vai matando a cada novo amanhecer
tudo aquilo que ainda há de nobre, belo e sensato que existe em você.
Renato J. Oliveira 07 de fevereiro de 2017
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