Mais uma noite se
aproxima,
para muitos, mais
um dia termina,
e com ele o
stress, o cansaço, a rotina.
Não me lembro
mais do sol poente,
nem da última vez
que estive doente;
noite, trevas,
sangue... eu, somente.
Para muitos eu
não existo, sou só lenda,
melhor assim,
prefiro que ninguém entenda,
não creio que
exista alguém no mundo que compreenda.
Pois sou
mistério, sou trevas, sou imortal,
sou muito além de
mero ser sobrenatural
e a noite é
minha, nela sou visto como normal.
E assim passeio,
vôo, viajo, caminho,
sempre só, sempre
solitário, sempre sozinho,
anseio ainda a
musa, mulher do meu destino.
Pois se com
centenas de anos ainda sou moço,
quem sabe um dia,
entre um e outro pescoço
eu não a
encontre, sem dificuldade, sem muito esforço.
Só espero que
antes do meu último suspiro,
eu, que já
sobrevivi ao fogo, ao veneno e ao tiro,
não termine como
sou hoje: um solitário Vampiro.
Renato J. Oliveira 24/25
de fevereiro de 2.012
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