22.1.18

Hitler era católico?


É EVIDENTE QUE HITLER NÃO ERA CATÓLICO, nem tampouco cristão. Ele teve sim uma formação católica, mas seus maiores biógrafos relatam que antes mesmo de fazer o Crisma, Hitler já não simpatizava-se mais com o Catolicismo. É fato que em muitos discursos Hitler de certa forma enalteceu o cristianismo, mas quando ascendeu ao poder nunca fez questão de esconder sua aversão ao mesmo, chegando a referir-se à Bíblia como "um conto de fadas inventado pelos judeus" (frase esta proferida por muitos ateus e anticristãos nos dias de hoje). Hitler PROIBIU o uso e exibição de símbolos CATÓLICOS, tirou a Bíblia das escolas, apreendeu bens das igrejas católicas (e de conventos, orfanatos, hospitais, asilos e outras instituições católicas) e ordenou a execução de milhares de sacerdotes (entre muitas outras coisas), ou seja, de católico ele não tinha absolutamente nada. Falando apenas do campo de concentração de Dachau, há registros que entre 1938 a 1945 mais de 2.500 religiosos católicos (padres, monges e seminaristas) foram ali exterminados. São Maximiliano Maria Kolbe é um santo católico conhecido como mártir de Auschwitz - ele era padre.
Hitler também proibiu publicações católicas, demitiu funcionários públicos católicos e perseguiu abertamente o cristianismo. A maioria dos historiadores de Hitler o descrevem como pagão e simpatizante do ocultismo, mas mesmo que ele tivesse se declarado católico (o que NUNCA aconteceu) e mesmo ele tendo citado Jesus Cristo em seu livro "Mein Keimpf", não precisamos fazer muito esforço mental para concluir que diante de toda monstruosidade causada por Adolf Hitler, É EVIDENTE QUE ELE NÃO ACREDITAVA EM DEUS.
Heydrich, chefe da Gestapo, deixou explícito em seu manifesto "Metamorfose do nosso combate" que as duas grandes ameaças à Alemanha eram o judaísmo e o catolicismo. Durante o Congresso de Nuremberg, em 1938, o líder nazista Alfred Rosenberg declarou: "Tanto as igrejas católicas e protestantes devem desaparecer da vida do nosso povo"

Muitos desinformados (ou desonestos) acusam o Papa Pio XII de ter contribuído com o regime nazista, o que é um ABSURDO já que Pio XII nunca fez qualquer menção de apologia ao nazismo. Muito pelo contrário, pois Pio XII logo após assumir o trono pontifício, na "Encíclica Summi Pontificatus", disse que sua missão seria buscar a paz entre as nações em guerra (foi elogiado abertamente por isso no New York Times em outubro de 1939).
Ninguém costuma divulgar que Pio XII aceitou inclusive ser intermediário entre os ingleses e militares alemães contrários a Hitler que arquitetavam um Golpe de Estado para derrubar o nazismo - o plano não vingou, mas a frustração do Papa (relatada por amigos próximos) deixa claro que ele não temia em colocar sua própria vida em risco - sem falar no risco de destruir a imagem da Igreja caso algo desse errado - para colaborar com a deposição de Hitler.
Em janeiro de 1940 a Rádio Vaticana denunciou e condenou as atrocidades nazistas na Polônia, o que aumentou ainda mais a ira de Hitler contra a Igreja Católica - naquele ano mais de 8 mil sacerdotes alemães sofreram penas e sanções - mais de 150 foram mortos.
E a mensagem de Natal de Pio XII em 1942? Depois dela o embaixador da Santa Sé foi diretamente ameaçado por autoridades alemãs.
Ninguém pode acusar o Papa de ter se omitido e muito menos de ter se calado, mas é óbvio que naquelas circunstâncias Pio XII deveria tomar muito cuidado com as palavras para não colocar ainda mais em risco a comunidade católica, principalmente na Alemanha. Para se ter uma ideia do quanto as palavras do Papa poderiam custar a vida de muitos inocentes, basta citar o caso da carta pastoral (escrita por alguns bispos católicos) que foi lida nas igrejas da Holanda em 20 de julho de 1942 e que condenava o tratamento desumano para com os judeus. Esta simples carta acarretou na ordem imediata da deportação de todos os católicos hebreus: cerca de 40 mil foram mortos!
Documentos nazistas trazidos à público em 1998 e publicados no livro "Pio XII e gli ebrei" de Margherita Marchione, revelam o plano alemão de ELIMINAR PIO XII COM TODO O VATICANO. Motivo? Era um só: as declarações do Papa em favor dos judeus.
Goebbels, em seu diário, escreveu que Hitler pensou várias vezes em sequestrar o Papa e fazê-lo prisioneiro em Lichtenstein. Muitos judeus e católicos sobreviventes ao Holocausto declararam um grande temor de que o Papa falasse mais energicamente contra os nazistas, o que certamente aceleraria o processo de extinção e muito provavelmente o agravaria ainda mais.
Robert Kempner, delegado americano no Conselho do Tribunal de Crimes de Guerra de Nuremberg, afirmou: "Qualquer tentativa de propaganda da Igreja Católica contra o Reich de Hitler, não teria sido apenas um suicídio provocado, como declarou recentemente Rosenberg, mas também teria acelerado a execução de um número maior de sacerdotes e de judeus".
E que tal a declaração do ilustre cientista judeu Albert Einstein para a Revista Time em 23 de dezembro de 1940: "As universidades assim como os jornais foram reduzidos ao silêncio em algumas semanas. Apenas a Igreja Católica permaneceu firme e fez frente à campanha de Hitler, que suprimia a verdade. E eu que não tive nenhum interesse na Igreja, agora tenho grande carinho e admiração, porque somente a Igreja teve a coragem e a constância de defender a verdade intelectual e a verdade moral. Eu devo confessar que, se alguma vez, a desprezei, agora devo louva-la sem reservas".

Pergunto: diante de todo o exposto, é lógico acusar a Igreja Católica de ter sido conivente com o regime nazista? É lógico afirmar que Hitler era católico ou que ao menos nutria algum tipo de simpatia para com a Igreja ou com o Papa???

Mas, agora, o fato mais interessante, o qual infelizmente é pouco divulgado e que certamente deixaria, no mínimo, envergonhados todos aqueles que acusam a Igreja Católica de ter sido uma aliada dos nazistas ou de ter se omitido ante as atrocidades de Hitler: mesmo com Roma invadida pelos alemães (desde 10 de setembro de 1943) e, sob vigia das autoridades nazistas, o Papa Pio XII ordenou que TODOS OS CONVENTOS E INSTITUIÇÕES CATÓLICAS ACOLHESSEM (o termo mais correto seria "escondessem") TODOS OS JUDEUS QUE BUSCASSEM UM LUGAR SEGURO. Apenas em Roma, 155 conventos (inclusive os de clausura) acolheram mais de 50 MIL JUDEUS. Na residência veraneia papal de Castelgandolfo mais de 30 MIL JUDEUS foram acolhidos por meses. Cerca de 60 JUDEUS viveram durante nove meses na Universidade Gregoriana e CENTENAS no próprio Vaticano. O cardeal Boetto de Gênova salvou pelo menos 800 JUDEUS; o bispo de Asís escondeu 300 JUDEUS durante mais de dois anos; o bispo de Campagna salvou 961 JUDEUS em Fiume.
Agora façam as contas, caros difamadores da Igreja Católica!
Existem documentos verídicos que comprovam que MAIS DE 85 MIL JUDEUS ITALIANOS escaparam da morte por INTERVENÇÃO E AÇÃO DIRETA DA IGREJA CATÓLICA. Enquanto 80% dos judeus europeus morreram durante a guerra, 80% dos judeus italianos se salvaram.

No livro "Três Papas e os Judeus" escrito por Pinchas Lapide, cônsul de Israel em Milão que entrevistou os judeus italianos sobreviventes, fica claramente demonstrado e comprovado que o Papa Pio XII contribuiu substancialmente para salvar 700 mil judeus, e talvez 860 mil da morte certa nas mãos dos nazistas. Pinchas Lapide afirmou: "A Igreja Católica salvou mais judeus durante a guerra do que todas as outras igrejas, instituições religiosas ou organizações juntas. Isso em contraste com o que foi alcançado pela Cruz Vermelha ou pelas democracias ocidentais".

Pio XII foi obrigado a falar pouco e agir muito e isso ele o fez com maestria, mesmo não conhecendo a fundo toda a verdade que Hitler e os nazistas tentavam esconder do mundo. Pio XII fez o que muitos chefes de nações recusaram-se a fazer: acolher, proteger e lutar pelos direitos dos judeus. A própria Cruz Vermelha Internacional e países como Suécia e Suíça permaneceram na mais absoluta neutralidade



RESUMINDO:  A falsa afirmação de que Hitler era católico, volta e meia colocada em tom de ataque à Igreja Católica - enrustido ou não - nada mais é do que uma DIFAMAÇÃO. Uma difamação que deve ser devidamente desmentida, pelo bem da VERDADE.

Convido o leitor bem intencionado a se questionar: se por acaso Adolf Hitler tivesse declarado-se publicamente como um católico fervoroso (repito: o que NUNCA aconteceu), você acha que tal declaração pessoal faria dele um católico de verdade diante de tudo que ele fez?
Se o fato de ter tido uma formação católica faz de Hitler um católico, então devemos concluir que todos os apóstatas são católicos???

No meu ponto de vista, Hitler estava muito mais para ATEU PRATICANTE ou SATANISTA do que para cristão, afinal de contas, não precisamos de muito raciocínio lógico para concluir que diante de tudo o que fez, Hitler nunca "amou a Deus sobre todas as coisas" e muito menos "amou o próximo como a ele mesmo". O comportamento doentio de Hitler assemelha-se muito mais ao de uma pessoa que definitivamente não crê em Deus e em punição pós-morte, ou que ame o demônio, do que o comportamento de um católico de verdade.

Se Hitler era ateu, agnóstico, satanista, ocultista, pagão, etc., não há um consenso geral ou conclusão final, mas de uma coisa tenho certeza e posso afirmar com a mais absoluta convicção: HITLER NÃO ERA CATÓLICO! E não faço questão alguma de desafiar aos que duvidam que me provem o contrário, pois seria o mesmo que desafiar alguém a me provar que os fatos que aqui expus são mentirosos ou fraudulentos. Só aqueles que temem a verdade podem se intimidar com a mentira! Só aqueles que convivem com a mentira rechaçarão a verdade!
De qualquer forma, aconselho que busquem informação de maneira neutra, isenta. E aos que espalham esse tipo de afirmação caluniosa (a de que Hitler era católico), quer seja por desconhecimento, ignorância ou má fé, peço apenas que sejam mais cautelosos com as palavras, pois elas têm uma força que muitas vezes nem conseguimos dimensionar, tanto para o bem quanto para o mal. E no mais, já dizia minha avó: "A verdade sempre aparece".

Lembre-se: nunca é tarde demais para tentar corrigir um erro, pedir perdão por uma calúnia ou retratar-se por difundir (por ignorância ou não) uma mentira.


O golpe mais pesado que já atingiu a humanidade foi a vinda do Cristianismo. O bolchevismo é filho ilegítimo do Cristianismo. Ambos são invenções dos judeus.”
Adolf Hitler (livro "Hitler's Table Talk", pg. 13)


"Adolf Hitler era o mais cheio de ódio, quase que perverso, um dos mais sórdidos na história. E dizer que ele era um cristão é ser tremendamente ignorante ou desonesto"
(Ray Comfort, autor do livro "Hitler, Deus e a Bíblia") 


"O mundo inteiro sabia que comunista, judeu e católico era perseguido pelo regime nazista. Assim como fascista, judeu e católico - ou cristão - era perseguido na União Soviética"
(Olavo de Carvalho, filósofo)


Texto: Renato J. Oliveira               21 de janeiro de 2018