30.12.17

O bom cristão não deve ficar calado


Até quando o povo cristão vai ficar parado?
Até quando vai permitir tamanho escárnio e desrespeito?
Será que o cristão deve ser sempre e sempre ridicularizado?
Será que quem tanto nos ataca merece o devido respeito?

A todo momento aparece um idiota falando mal de Deus,
falando mal da Igreja Católica, espalhando mitos e mentiras;
pseudo-humoristas, imbecis cristofóbicos e neo-ateus,
tão iludidos e insensatos que até pena às vezes inspira.

Mas será que devemos nos limitar a ter piedade?
Devemos aceitar calados todo tipo de ataque e deboche?
Definitivamente não, pois isto sim é ser covarde!
Ser cristão é uma coisa, outra muito diferente é ser fantoche!

Sim, na concepção desses ateus o bom cristão deve ser um tolo,
alguém que deve ser atacado e permanecer sem ação;
se reagir ou revidar a tanto insulto e desaforo
o ateu se faz de vítima e diz que isso não é coisa de cristão.

Eis um recado a você neo-ateu idiota escarnecedor:
assim como minha crença não me dá o direito de atacar a sua,
o seu insano ateísmo não torna você um ser superior
e muito menos invulnerável a revides na internet ou na rua.

Não prego a violência nem qualquer tipo de extremismo,
mas o cristão não pode e nem deve aceitar essa situação:
imbecis zombando da fé em Cristo com o maior cinismo,
apoiados pela mídia, nos jornais, internet, televisão...

 Tem até ateu escarnecedor que recebe salário de falso bispo,
na TV é um hipócrita e na internet destila o veneno contra os cristãos.
E esses mesmos cristãos ficam calados diante de tudo isto,
alguns até riem, outros emudecem e a maioria "lava as mãos".

Chega de inércia! Busquem conhecimento para defender nossa fé!
Esses acéfalos não são superiores e nem melhores do que você!
Mostre a todos eles o bom e sensato cristão que você realmente é.
Quem conhece a verdadeira história sempre vai prevalecer.

São eles os criminosos, eles que ferem o artigo 208 do Código Penal.
Humor ofensivo contra quaisquer religiões é um crime previsto,
e é o que mais fazem Porchat, Duvivier e seu grupinho banal;
mas ora vejam, como bons covardões só zombam de Jesus Cristo.

Sim, todos eles querem e insistem em nos ridicularizar,
e por sermos cristãos pensam que devemos apenas aceitar a provocação;
porém, a própria Bíblia diz que não devemos nos calar
e que devemos estar sempre prontos para defender a nossa razão.

Pois então passou da hora de revidar como eles merecem,
usar a verdade contra a mentira, a razão contra a burrice.
Afinal de contas, os argumentos eles mesmos fornecem,
cabe a nós refutá-los, desmenti-los, combater essa idiotice.

Eis a diferença entre um ateu, um neo-ateu e um cristão de verdade:
o genuíno ateu não está nem aí para tudo isso, ele não acredita mesmo,
o verdadeiro cristão é pacífico mas sempre combaterá a iniquidade,
enquanto o neo-ateu militante vai lançar mentiras e ataques a esmo.

Quem quer ser respeitado deve ao menos respeitar!
Mas, como respeitar alguém que ofende quem mais amamos?
Como bons e verdadeiros cristãos não podemos mais aceitar
tanto escárnio e tanta ofensa com o Deus que adoramos.


Renato J. Oliveira                   29 de dezembro de 2017



Obs.: Isso não é uma poesia, tampouco é discurso de ódio. É apenas um desabafo.
Não acharia nada estranho que as mesmas pessoas que discordarem do conteúdo deste desabafo, sob pretexto injustificado de que na arte ou no humor tudo é permitido, declararem-se, ainda que apenas em seu íntimo, apoiadoras ou simpatizantes das tantas pautas que estão em moda hoje em dia, tais como liberação plena do aborto, de todas as drogas, da destruição da instituição FAMÍLIA, ideologia de gênero, etc., etc... Afinal de contas, todas estas pautas estão em absoluta conformidade com a flagrante e escancarada cristofobia que impera por aqui há alguns anos. E se há um discurso de ódio, por vezes enrustido e por vezes até explícito, e que infelizmente é compartilhado por muitos que se dizem cristãos, esse discurso é contra uma única instituição religiosa: a Igreja Católica. Quando não se trata de discurso de ódio, é a mentira, a calúnia e a difamação. Isso é público e notório, basta ver como as mentiras são espalhadas tanto por ateus como por quase todos os partidários de outras religiões. Contra a Igreja de Cristo se unem ateus, neo-ateus, protestantes, satanistas, umbandistas, etc... Todos com um propósito em comum: espalhar os mitos e as mentiras - especialmente as inventadas por Lutero, Calvino (e companhia) e pelos iluministas - para tentar descredenciar ao máximo a Igreja Católica.
Continuem tentando, IMBECIS! Milhares de outros imbecis assim como vocês morreram tentando o que milhares de outros imbecis morrerão tentando.


"...as portas do inferno não prevalecerão contra ela."  
(São Mateus, 16,18)


17.11.17

Livros do Palmeiras



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6.11.17

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10.7.17

Desarmados



 
Corra, fuja, se esconda! Vem aí o ladrão!
Ou será um assassino; quem sabe, um estuprador?
Você não sabe, mas vê um revólver em sua mão;
a situação é tensa e, o sentimento, assustador.


Ele está confiante, não esboça qualquer tipo de medo;
e você, dentro de sua própria casa, totalmente desprotegido.
Te insulta, te agride, ameaça 'sentar o dedo';
e, esnobe, diz que a lei é uma aliada, pois protege o bandido.


Debochando, ele ameaça estuprar sua filha e sua mulher
e promete matar a todos caso não encontre dinheiro.
Com a arma em punho, ele pode fazer o que bem quiser
e depois desaparecer, sem punição, sem pista e nem paradeiro.


Amarrado e impotente, enquanto ele revira sua casa inteira,
mesmo apavorado, você, em lágrimas, se põe a pensar:
"Agora vejo que me equivoquei e acreditei numa grande besteira;
a besteira de que o povo deveria se desarmar."


"Se este bandido que agora ameaça tirar a minha vida
desconfiasse que em minha casa pudesse ter uma pistola,
tenho certeza que ela jamais seria invadida
e eu não estaria passando por isso nesta hora."


Mas, você lutou em favor do desarmamento,
fez exatamente aquilo que o seu governo queria;
acreditou na mentira de que o povo ficaria violento
e que com a posse legal o número de mortes aumentaria.


O Estado tirou do cidadão o direito de se defender,
porém, os criminosos compram suas armas à vontade.
Dentro de sua casa, suas chances são enormes de morrer,
se um bandido a invadir, numa destas fatalidades.


Estatuto do desarmamento é uma grave afronta
contra o direito civil da legítima defesa.
Hoje, enquanto o bandido, armado, nos amedronta,
toda a sociedade está desamparada e indefesa.



Renato J. Oliveira              10 de julho de 2017










29.6.17

Quem é você?



Hoje, confuso, tentando se encontrar,
mentindo para os outros e mentindo para si,
memórias e lembranças vivem a lhe torturar
e da realidade já não consegues fugir.

Quem é você? O que você almeja?
Qual é a sua maior ambição?
Quem é você? O que você deseja?
Por quê fazes da mentira a sua razão?



Ontem, vivendo os seus tantos personagens,
mataste, aos poucos, a sua essência real.
Agora você busca entre as suas miragens
algo que lhe remeta ao seu estado original.

Quem é você? O que você deseja?
Onde está a sua obstinação?
Quem é você? O que você almeja?
Até onde vai sua passiva prostração?



Renato J. Oliveira             04 de junho de 2017


26.6.17

Estado Laico: A Farsa



Ele bradam que o estado é laico, que o estado é secular,
querem tirar das repartições públicas as cruzes;
incomodam-se com símbolos cristãos em qualquer lugar,
são como os iluministas que nos deram trevas ao invés de luzes.


Não, estes hipócritas não querem um estado laico no país,
o que eles querem é um estado laicista, um estado ateu,
de preferência que só permita e chancele o que lhes condiz
e que proíba a manifestação da fé no verdadeiro Deus.


Eles não se incomodam com candomblé, espiritismo ou islã,
o alvo predileto é sempre o Deus que realmente existe,
do contrário não se focariam apenas na religião cristã
e também abominariam os muçulmanos, com o dedo em riste.


Até a frase "Deus seja louvado" querem suprimir das notas,
postulam até tirar a Bíblia Sagrada das bibliotecas escolares,
agem como crianças birrentas, como perfeitos idiotas,
movidos por sua cristofobia e suas 'crenças' particulares.


Estado laico virou pretexto para o escárnio cristão,
e as minorias querem impor suas ideias à maioria,
pisam nas leis e desrespeitam princípios da Constituição
e o Artigo 208 do Código Penal para eles é mera alegoria.


Entendam, imbecis, vocês vivem em um país de maioria cristã!
E mais: construído e constituído por princípios e ideias católicos.
O que querem? Ocultar a realidade da luz de toda manhã?
Ou transformar em cerrado o que sempre foi bucólico?


Sim, é verdade que temos liberdade de crença ou descrença,
mas, também é verdade que somos o país mais católico do mundo.
Portanto, de nada adianta tratar com desprezo ou indiferença
o fato de que nossa vontade é soberana diante de seus anseios imundos.


Por detrás de toda essa causa e de toda essa militância
escondem-se os ideais mais imorais e mais perniciosos,
enrustem-se a cristofobia, o ódio e a intolerância
e os mais hediondos sentimentos antirreligiosos.


Como deve ser frustrante a vida de uma pessoa assim:
ter que conviver com a grande maioria que pensa diferente.
Ver o Cristo Redentor deve lhes ser algo tão ruim
e até nomes de cidades talvez os deixem descontentes.


E os estados de São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina?
Será que os laicistas sonham em um dia renomear?
Será que eles mandariam-nos para a forca ou para a guilhotina
para ver o sonho imundo de um mundo laicista e ateu prosperar?


Desonestamente, atacam símbolos cristãos que representam a paz,
mas, nem se incomodam com os símbolos que só representam a guerra.
Nunca vi, por exemplo, um laicista ou ateu se incomodar
com símbolos comunistas que só trouxeram caos e mortes na Terra.


Já pensaram em como seria o mundo sem os preceitos cristãos?
Certamente não, já que vocês apenas atacam e só se iludem.
Mas, se já não suportam mais este tipo de situação,
sigam o ditado: "os incomodados que se mudem"!


A Igreja Católica e suas instituições espalhadas pelo mapa
muitas vezes fazem pelo povo o que o governo não faz.
Cite-me, ateu, uma figura mais influente que o Papa
especialmente quando o assunto é lutar pela paz.


Aprendam de uma vez: Estado laico não é estado antirreligioso
e o Brasil tem suas raízes e alicerces no catolicismo.
Se és ateu ou esquerdista, não adianta ficar furioso
pois serás sempre a minoria em eterno anacronismo.


Renato J. Oliveira                     25 de junho de 2.017







“Todos que têm preconceitos contra símbolos religiosos, de qualquer religião, 
são, a meu ver, complexadas

Ives Gandra Martins








Estado laico é diferente de Estado antirreligioso

por: Paulo Henrique Hachich De Cesare (advogado)


Há poucos dias foi noticiado que o Conselho da Magistratura do TJ/RS, em decisão unânime, acatou pedido da Liga Brasileira de Lésbicas e de outras entidades sociais sobre a retirada dos crucifixos e símbolos religiosos nos espaços públicos dos prédios da Justiça gaúcha. E prosseguia a notícia: Disse o magistrado que resguardar o espaço público do Judiciário para o uso somente de símbolos oficiais do Estado é o único caminho que responde aos princípios constitucionais republicanos de um Estado laico, devendo ser vedada a manutenção dos crucifixos e outros símbolos religiosos em ambientes públicos dos prédios.

A decisão acima citada, segundo entendemos, subverteu o conceito de Estado Laico e mais particularmente do Estado brasileiro, como delineado pela Constituição Federal de 1988.

Como é de sabença trivial, Estado laico, secular ou não confessional é aquele que não adota uma religião oficial e no qual há separação entre o Clero e o Estado, de modo que não haja envolvimento entre os assuntos de um e de outro, muito menos sujeição do segundo ao primeiro. Portanto, de plano se verifica que Estado laico não é sinônimo de Estado antirreligioso.

Antes de prosseguir, convém repisar a diferença entre dois conceitos: laicidade e laicismo.

De modo bastante sucinto, a laicidade é característica dos Estados não confessionais que assumem uma posição de neutralidade perante a religião, a qual se traduz em respeito por todos os credos e inclusive pela ausência deles (agnosticismo, ateísmo). Já o laicismo, igualmente não confessional, refere-se aos Estados que assumem uma postura de tolerância ou de intolerância religiosa, ou seja, a religião é vista de forma negativa, ao contrário do que se passa com a laicidade.

A Constituição Federal de 1988, como de resto a maioria das anteriores, não permite nem mesmo que se cogite ou suspeite de laicismo no Estado brasileiro. Com efeito, qualquer ideia de laicismo é repudiada ab ovo, pois já no preâmbulo de nossa Carta é solenemente declarado: “promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil” (g.n.). Obviamente, um Estado que se constitui sob a proteção de Deus pode ser tudo, menos um Estado ateu ou antirreligioso.

Decerto, porém, que o apreço e o reconhecimento dos valores religiosos não ficaram somente no preâmbulo. Longe disso, a Constituição de 1988 foi bastante zelosa ao dispor sobre estes valores. Confira-se:

Art. 5º ...

(...) VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.

§ 1º - às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.

§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...) VI - instituir impostos sobre:

(...) b) templos de qualquer culto;

Art. 210. ...

§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

Art. 226. ...

(...) § 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.»

E o apreço é tal pela religião que até o art. 19, que define a laicidade de nosso Estado, não deixa de conferir garantias religiosas:

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; (g.n.)


Note-se que as vedações deste art. 19 são claríssimas: não estabelecer cultos religiosos nem igrejas, não subvencioná-los e não manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. É certo que este dispositivo deve ser interpretado taxativamente, pois se trata de norma restritiva. Assim sendo, surge naturalmente a pergunta: de que forma um crucifixo na parede incorreria em alguma das vedações do art. 19, inc. I da Constituição Federal? A resposta é óbvia: de forma nenhuma. E se não incorre nas citadas vedações não há nada que justifique sua proibição. Acreditamos que esta razão baste para demonstrar o equívoco da decisão gaúcha, mas há mais.

Partindo de outro enfoque, abstraindo a conclusão do parágrafo anterior, podemos ir direto ao ponto e indagar: a existência de algum símbolo religioso em prédio público macula a laicidade do Estado brasileiro?

A resposta nos parece de uma clareza solar, podendo ser facilmente encontrada a partir de outras singelas indagações, com base nos dispositivos constitucionais acima transcritos. Algo assim: o fato de o Estado ...

a) assegurar o livre exercício dos cultos religiosos e garantir a proteção aos locais de culto e a suas liturgias, fere a laicidade do Estado?

b) assegurar a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva, fere a laicidade do Estado?

c) permitir que alguém oponha validamente sua crença religiosa ao cumprimento de obrigação legal a todos imposta, mediante prestação alternativa, fere a laicidade do Estado?

d) eximir do serviço militar obrigatório, mediante serviço alternativo, quem alegar imperativo de consciência decorrente de crença religiosa, fere a laicidade do Estado?

e) isentar do mesmo serviço obrigatório os eclesiásticos, compromete a laicidade do Estado?

f) conceder imunidade de impostos aos templos de qualquer culto, não fere a laicidade do Estado?

g) prever o ensino religioso facultativo como disciplina dos horários normais das escolas compromete a laicidade do Estado?

h) conferir efeito civil ao casamento religioso, na forma da lei, não fere seu caráter laical?

i) impor a si mesmo a proibição de embaraçar os cultos religiosos, não compromete seu caráter laico?

A resposta a todas as indagações acima é necessariamente negativa, pois o contrário corresponderia à negação do Estado laico, e sem esta premissa não subsistiria a presente questão.

A próxima pergunta, então, é óbvia e certamente já está na mente do leitor: se nada disso compromete o caráter laico do Estado, pois tudo está previsto na Constituição, como seria possível que algo muito mais singelo, como um simples crucifixo na parede, pudesse malferir a laicidade do Estado?

Com todas as vênias, nos parece absurdo supor que a mesma Constituição que abre mão de cifras milionárias com a concessão de imunidade aos templos de qualquer culto (templo este que é considerado em sentido lato pela jurisprudência), e que se desdobra para tutelar os valores religiosos, conforme visto nos dispositivos acima transcritos, possa proibir, implicitamente(!), a permanência de símbolos religiosos que tradicionalmente se encontram em alguns prédios públicos.

Com efeito, quem pode o mais, pode o menos, não há como fugir deste truísmo. Assim, se a Constituição admite o mais no campo religioso, sem que se possa considerar o Estado menos laico por conta disso, é evidente que também admite o menos (o crucifixo na parede).

Outro ponto que muito nos preocupa neste tema – e que vem se tornando lamentavelmente comum – é a utilização repetitiva de sofismas. Trata-se de afirmações vazias que procuram transformar o absurdo em lógica, é o caso noticiado do Conselho da Magistratura gaúcha, segundo o qual “resguardar o espaço público do Judiciário para o uso somente de símbolos oficiais do Estado é o único caminho que responde aos princípios constitucionais republicanos de um Estado laico, devendo ser vedada a manutenção dos crucifixos e outros símbolos religiosos em ambientes públicos dos prédios”.

Ora, nada mais equivocado. Nada além de uma frase bonita, mas sem conteúdo: resguardar do quê? De algo vedado pela Constituição? Já se viu que não. Único caminho para onde, para quê? Para a intolerância. Ao contrário do afirmado pelo referido Conselho, acreditamos que o que responde aos princípios constitucionais republicanos de um Estado laico se chama respeito, e compreensão acerca da herança cultural e religiosa de um país. Portanto, a presença de um símbolo religioso numa repartição pública, só por si, não tem o condão de nem mesmo arranhar a laicidade do Estado.

Argumenta-se ainda (incansavelmente), que os símbolos são cristãos e nem todos o são, daí a inconstitucionalidade. Este tipo de argumento traz à memória um fato noticiado há algum tempo, uma pós-adolescente, mulher de um jogador de futebol, se negara a entrar no carro de sua mãe por haver nele uma pequena imagem religiosa, doutra fé que não a da garota. Ou seja, intolerância religiosa pura. E não é nada além desse tipo de intolerância que o Judiciário tutela quando determina a retirada de objetos religiosos tradicionais das repartições públicas, sob a alegação de estar agindo em defesa da laicidade ou de qualquer outro princípio republicano.

Não se perca de vista que o Brasil é um país eminentemente cristão, logo, qual o tipo de imagem religiosa que se supõe encontrar disseminada? Haveria aí alguma concessão do Estado em prol de uma religião e em detrimento das outras? De modo algum, pois ou tais imagens estão por tradição nos referidos prédios, algumas há séculos, ou são miudezas carreadas pela fé e tradição dos que laboram no local, nada além.

E o não-cristão? E o ateu e o agnóstico? Como ‘ficam’? Esses não terão sua esfera jurídica atingida em absolutamente nada, pois, se não forem cristãos, basta ignorar o crucifixo ou considerá-lo como um penduricalho na parede. Ou assim ou teremos um Judiciário que premia a intolerância e se vocaciona ao acolhimento das pretensões mais mesquinhas que insistem em acompanhar a humanidade através dos séculos.


Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-mar-21/estado-laico-nao-sinonimo-estado-antirreligioso-ou-laicista

* texto de 2012







18.6.17

Ateus e a eterna negação do óbvio


Preste atenção na seguinte história.
Suponhamos que você esteja dialogando com alguém - um conhecido, talvez - quando, no decorrer da conversa, você comente que tem algum grau de parentesco com uma determinada celebridade, quer seja esta artística, política, ou seja lá o que for.
Suponhamos que isso seja verdade e que mesmo através de um diálogo eloquente, seu interlocutor duvide aberta e declaradamente e lhe desafie a provar o que está dizendo.
Você, naturalmente seguro de si, aceita o desafio e exibe uma foto de família onde a celebridade em questão aparece abraçada a ti.
Ainda duvidando da veracidade da história, ele argumenta que aquela foto não poderia provar nada, portanto, era só a sua palavra contra a dúvida dele.
Você, então, mostra-lhe um documento provando que a tal celebridade realmente faz parte da sua família e acredita que diante desta forte evidência, ele, enfim, se convença de vez.
No entanto, ainda não convencido, ele contesta a legitimidade do documento, alegando que é muito fácil falsificar ou forjar um papel como aquele.
Não há porque perder a calma, afinal de contas, a verdade está contigo e "quem fala a verdade não merece castigo". Você se lembra que o escrivão que homologou o documento mora nas proximidades e que, por uma feliz coincidência, é seu amigo pessoal. Após uma breve visita, sua história é confirmada pelo escrivão e, mesmo assim, isso não é suficiente o bastante para convencer o chato interlocutor - ele agora alega que você pode muito bem ter combinado aquilo tudo previamente com seu amigo.
Não satisfeito em apenas duvidar, ele passa a tripudiar de você, acusando-o de ser um grande mentiroso
Paciência tem limite. Você então saca o telefone celular e liga para o seu famoso parente, a fim de obter dele próprio uma declaração que confirme a sua história. Só assim não restaria qualquer dúvida.
Entretanto, mesmo após falar com seu parente ao celular, fazer diversas indagações e tudo o mais, ele ainda não consegue se convencer. Apesar de todo um conjunto de evidências, além da sua palavra e da confirmação oral do ilustre parente, ele alega que tudo faz parte de uma conspiração e que qualquer pessoa poderia muito bem ter assumido aquele papel ao telefone.
Agora ele passou dos limites. Mesmo sabendo que não tem nenhuma obrigação de provar nada a ele, você passa a encarar o pequeno entrevero como uma espécie de desafio.
Vocês tomam um táxi e dirigem-se até a residência de seu parente. Lá ele confirma pessoalmente a sua história e exibe uma série de provas para corroborá-la.
Está provado! Você agora tem absoluta certeza de que o convenceu plenamente.
Engano seu.
Ele afirma categoricamente que você é um mentiroso, um falsário, farsante e, que tudo aquilo, a exemplo das demais evidências, fazia parte de uma bem elaborada conspiração, cheia de provas forjadas e dois falsos testemunhos.
Qual seria a sua reação diante deste incômodo acontecimento?
- "Ah, quer saber, cara, vá para o inferno!"


Estou usando esta pequena história fictícia para fazer uma simples analogia com a descrença exacerbada e até irracional dos ateus. Analisemos o caso a seguir - este sim real e verídico - e façamos uma comparação.
Antes do século XIX, os ateus, em sua ânsia de só atacar e simplesmente negar por negar, afirmavam totalmente seguros de si que Babilônia não passava de uma lenda, mais um dos tantos mitos da Bíblia.
Após a metade do século XIX, graças ao trabalho incessante de vários arqueólogos (especialmente do alemão Robert Koldewey), caíram por terra todas as acusações céticas dos ateus de que a Babilônia nunca teria existido.
O próximo passo foi duvidar da existência do rei Nabudonosor, entretanto, mais uma vez a arqueologia trouxe à luz a verdade, através da descoberta de tabletes e tijolos contendo inscrições com o nome do antigo rei babilônico.
Ainda no intuito de descredenciar os escritos de Daniel, os ateus passaram a duvidar da existência de Nabonido e Belsazar, mencionados pelo profeta como os últimos reis da Babilônia.
Vieram à tona alguns tabletes cuneiformes que mencionavam Nabonido e Belsazar que, aliás, eram pai e filho, respectivamente.
Não obstante, os ateus se voltaram para os três amigos de Daniel que, de acordo com os relatos bíblicos, foram lançados na fornalha ardente: Hananias, Misael e Azarias (Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, em caldeu). A acusação era do mesmo teor, ou seja, todos eles não passavam de mitos, lendas.
Mais uma vez a arqueologia comprovou a veracidade dos relatos do livro de Daniel, através do descobrimento de um prisma de argila que continha os nomes dos oficiais do rei Nabucodonosor, entre estes, os três amigos de Daniel.
Restou aos ateus contestar a data em que os relatos do profeta teriam sido escritos. E eles tinham um fortíssimo argumento. Julgue você mesmo: os ateus, tão preocupados em provar a inexistência daquilo que dizem não acreditar (!), conseguiram encontrar três palavras gregas em todo o livro de Daniel e, munidos deste irrefutável argumento, apregoaram que o referido livro teria sido escrito por volta do século II a.C. e não em meados de 550 a.C.
Estudiosos do grego, aramaico e hebraico, após minuciosas análises e criteriosas investigações, acabaram concluindo que, mais uma vez, os ateus estavam redondamente enganados.
Mas, enfim, mesmo depois de todo esse conjunto de evidências, os ateus continuam a afirmar que o livro de Daniel e a própria Bíblia são uma fraude.
Qual seria a sua reação diante de um ateu que insiste em negar alguns versículos sagrados, mesmo depois de lhe serem apresentadas várias comprovações?
- "Ah, quer saber, cara, já que você não acredita em inferno, então vá à merda!"


Eu poderia citar CENTENAS de casos análogos em que ateus colocaram citações bíblicas em debate, questionando sua legitimidade e que, no entanto, para despeito e contragosto deles, tais citações acabaram sendo comprovadas como autênticas, reais.

Mas, ateus são ardilosos, eles vão alterando e alternando seus argumentos e suas acusações conforme vão se alterando também os fatos que evidenciem o quanto estão errados.
Jamais darão o braço a torcer. Agirão exatamente igual ao personagem da história que abre este texto.

Discutir ou debater com ateu militante (neo-ateu) é sempre assim: mesmo você não tendo obrigação nenhuma de provar a existência de algo que para você é tão óbvio, ele se sentirá na obrigação de lhe cobrar provas da existência daquilo que para ele não existe!
E o pior: você pode apresentar um milhão de argumentos, quer sejam estes filosóficos e científicos; além de não refutar nenhum deles, o ateu militante ('militonto') usará de todas as suas artimanhas para se esquivar, desviar o rumo e o conteúdo da conversa para, ao final, sair cantando vitória, mesmo que tenha sido fragorosamente derrotado.
Típico, mas, sobretudo, patético!




Renato J. Oliveira                        09 de junho de 2017