29.4.17

O "Vou" e o "Não vou" de alguns grevistas de 28/04/2017


Vou ali lutar por melhorias no país,
vou bradar contra as reformas trabalhistas,
vou exigir o fim daquilo que a mim não condiz,
vou fazer baderna com minha alcunha de grevista.

Não vou nem me indagar se os demais concordam,
não vou permitir que sequer me questionem,
não vou ouvir os que de mim discordam,
não vou admitir os que contra mim se posicionem.

Vou queimar pneus, barrar ruas e rodovias,
vou tentar impedir aqueles que querem trabalhar,
vou destruir o patrimônio público que é uma grande porcaria,
vou arruinar, vou demolir, vou vandalizar.

Não vou respeitar qualquer tipo de autoridade,
não vou nem me perguntar se o que estou fazendo é certo,
não vou acatar ordens da polícia opressora e covarde,
não vou consentir qualquer estabelecimento aberto.

Vou ali lutar pelo futuro do Brasil,
vou obedecer cegamente quem o arruinou,
vou, mesmo ignorando a motivação, tal qual um imbecil,
e vou me gabar, mesmo sabendo o quanto idiota sou.

Versando sarcasticamente e de maneira tão pobre,
eu, grevista, vândalo, vagabundo e delinquente,
admito que minha causa é grosseira e nada nobre,
e que sou um dejeto do PT e só a ele sou obediente.

Admito que nada sei sobre Reforma da Previdência,
e que defendo escusos interesses de sindicalistas,
contudo, não sou reprovado pela minha consciência,
pois sou apenas mais um tolo disfarçado de grevista.


Renato J. Oliveira                29 de abril de 2.017



O que sentir por alguém que se enquadra na poesia acima? Pena, asco ou nada (indiferença)?


16.4.17

Jesus Cristo, o Messias Salvador

Revirando alguns materiais antigos, consegui recuperar este texto, escrito por mim em abril de 2001 para o informativo semanal "Mix Cultural" (edição 23, do dia 14 daquele mês).
Ele circulava aos fins de semana e, por ocasião da Páscoa (que simboliza a ressurreição de Cristo), fui incumbido de apresentar um texto sobre Jesus que abordasse mais o contexto histórico do que o religioso (muito embora sabemos que falar de Cristo sem falar em religião é praticamente impossível). Na época, apesar de não mais me declarar ateu, meu pensamento tendia mais para o agnosticismo, por isso não me agradou muito a ideia de escrever sobre Jesus.
Agora, relendo o texto, me bate um misto de saudade, arrependimento e alívio.
Saudade de uma época em que ainda tinha meu velho pai e alguns amigos que já se foram; arrependimento por ter cometido tantos erros e alívio por não pensar mais como pensava em 2001.
Por falar no meu velho pai, hoje, 16 de abril de 2017,  fazem exatamente 3 anos que ele se foi. Saudade imensa! Deve estar alegrando lá em cima com suas brincadeiras, sua felicidade.

Sem mais delongas, segue o texto.



Jesus Cristo, o Messias Salvador

Para muitas pessoas, especialmente as crianças e os 'chocólatras', quando se fala em Páscoa a primeira similaridade que lhes vem à cabeça são os ovos de chocolate e o coelhinho da Páscoa.
Porém, para a religião cristã, a Páscoa é tida como a principal 'festa' da doutrina, pois simboliza a ressurreição de Cristo na Terra. Mas, a Páscoa já existia muito antes de Cristo nascer; segundo o Êxodo do Antigo Testamento da Bíblia cristã, a primeira festa pascal surgiu para marcar a libertação dos judeus de Israel do domínio egípcio (a festa, na ocasião, foi simbolizada e celebrada com pães ázimos, ervas bravas e um cordeiro macho de um mês).
E quanto à Páscoa ser a mais importante referência comemorativa do Cristianismo, as razões são óbvias: mais do que o nascimento de Jesus, sua ressurreição veio fundamentar toda a base de sua doutrina (à qual asseguraria a ressurreição dos bons para a vida eterna) e a confirmação das revelações de Deus a Abraão, aos profetas e a Moisés.

Jesus Cristo teria nascido entre 4 a 5 a.C., na cidade de Belém, em dia e mês não conhecidos (o 25 de dezembro é apenas simbólico), filho 'terrestre' do carpinteiro José e da Virgem Maria.
Segundo os relatos bíblicos, a Virgem Maria, escolhida por sua humildade e bondade, teria recebido Jesus em seu ventre por obra do Espírito Santo (consta que Deus teria enviado o anjo Gabriel para comunicá-la) e o concebido - por falta de guarida - no interior de uma estrebaria (uma manjedoura foi o berço improvisado).
Quando tinha 6 anos de idade, obedecendo à tradição judaica, Maria e José levaram-no a Jerusalém para que fosse apresentado ao sacerdote e, ao fim da cerimônia, regressaram à Galileia, na cidade de Nazaré, onde Jesus teria passado toda a sua infância (protegido das maléficas intenções do rei Herodes).
Anualmente, em fins de março e início de abril, José e Maria percorriam mais de 100 quilômetros, de Nazaré a Jerusalém, para a celebração da Páscoa e, assim que Jesus completou 12 anos, eles o levaram-no consigo. Inadvertidamente, o menino Jesus não acompanhou seus pais no ato de regressarem, sendo sua falta notada após longa caminhada. José e Maria então retornaram a Jerusalém e depois de três dias de intensa procura, localizaram Jesus discutindo as Escrituras Sagradas com os mestres e doutores no templo. Tão grandes o conhecimento que o menino tinha sobre as escrituras e a precisão de suas palavras que até os mais estudiosos no assunto ficaram impressionados.
De volta à Nazaré, Jesus cresceu seguindo e praticando as leis sagradas; acredita-se que durante anos ele trabalhou com seu pai exercendo o ofício de carpinteiro.
Ainda segundo o Novo Testamento, Jesus foi batizado pelo profeta João Batista no Rio Jordão com quase 30 anos e, após passar cerca de 40 dias em completo jejum no deserto, resistindo a todas as tentações do demônio, saiu em peregrinação anunciando a Boa Nova (ou o Evangelho).
Por onde passava, além de arrastar uma multidão de fiéis, Jesus ia realizando uma série de surpreendentes milagres, como a cura instantânea da leprose, de paralisias, a restituição dos sentidos a cegos, surdos e mudos, a multiplicação de pães, a transformação da água em vinho e até a ressurreição de pessoas mortas.
Para auxiliar em sua peregrinação e evangelização, Jesus reuniu doze discípulos: Simão Pedro, André, Tiago (filho de Zebedeu), João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago (filho de Alfeu), Tadeu, Simão e Judas Iscariotes.
Porém, ao se declarar o Salvador anunciado nas escrituras e o filho legítimo de Deus, as ações e revelações de Jesus em pouco tempo despertaram a ira das autoridades civis, militares e religiosas.
Após três anos de pregação nas cidades próximas, Jesus e seus discípulos seguiram para Jerusalém para a celebração da Páscoa, ocasião em que Jesus teria celebrado a Primeira Eucaristia (na última ceia), depois de ter provocado grande tumulto ao expulsar os mercadores do templo.
Judas Iscariotes, um dos discípulos, induzido à traição pelas autoridades, orientou e guiou os soldados romanos até o Jardim Getsêmani, onde os demais discípulos e Jesus se encontravam (arrependido, mais tarde Judas se enforcou).
Preso, Jesus foi interrogado por Caifás, enviado ao governador romano Pôncio Pilatos que, após novo interrogatório, enviou-o a Herodes. Este, isentando-se da responsabilidade de instituir uma condenação, mandou-o de volta a Pilatos que "lavou as mãos" entregando Jesus à multidão enfurecida que o acusava de traidor e impostor. Atendendo à massa, os soldados crucificaram Jesus no Calvário, juntamente com dois ladrões que, diante de todos, agonizaram até a morte.
Segundo o Novo Testamento, depois de sepultado, Jesus ressuscitou ao terceiro dia, tendo aparecido a Maria Madalena e depois a seus discípulos (e a várias outras pessoas).
Acredita-se que ele tenha permanecido na Terra por mais 40 dias e depois teria subido ao Céu, com a promessa de um dia voltar para o Juízo Final. 
Os relatos da vida, das revelações e dos milagres de Jesus narrados pelos apóstolos teriam sido escritos entre 70 e 100 d.C.



Renato J. Oliveira                   abril de 2001







10.4.17

Os 20 Princípios fundamentais do neo-ateu


1 - Passar a vida toda lutando contra algo que diz não acreditar (MAS NÃO CONSEGUE PROVAR!);

2 - Ficar estudando a Bíblia, separando versículos aleatórios e revelando DESCOBERTAS que 'ninguém viu' em mais de 2 mil anos!;

3 - Achar-se o dono da verdade usando de mentiras e argumentos tendenciosos e ultrapassados (jogando verdades essenciais embaixo do tapete);

4 - Atacar a moralidade bíblica sem saber explicar de onde ele tira seu conceito de moralidade OBJETIVA (Se Deus não existe, como saber se seu conceito ou padrão moral é mais correto que o de um bandido?);

5 - Achar que todo cristão é leigo e desinformado como eles;

6 - Acreditar que o ser humano é fruto do acaso, ou de forças desgovernadas da natureza (e ainda dizem que cristão é que acredita em fantasia!);

7 - Usar de preconceito e intolerância para defender a merda chamada ateísmo e depois fazer-se de vítima de preconceito religioso quando é atacado;

8 - Ter mania de achar que cristãos são todos bobinhos; que devem apanhar calados;

9 - Falar de crimes cometidos pelas religiões e tentar isentar o ateísmo das mais de 100 milhões de mortes provocadas pelos regimes comunistas e extremistas ATEUS ("O comunismo começa onde começa o ateísmo" - Karl Marx / "Nossa propaganda compreende necessariamente o ateísmo." - Lenin).

10 - Ofender-se com a fé dos cristãos, com cultos ou imagens religiosas (Cristofobia disfarçada de ateísmo);

11 - Fazer chacota e escarnecer as religiões e sentir-se ‘ofendidinho’ quando fazem chacota com ateus;

12 - Atribuir aos cristãos características deles mesmos: iludidos, hipócritas, mentirosos, demagogos, farsantes, etc.;

13 - Criticar a religião sem se dar conta que o ateísmo é a RELIGIÃO que mais se requer fé entre todas no mundo (como alguém pode acreditar que somos obra do NADA?);

14 - Criticar o criacionismo sem saber refutar seus argumentos mais modernos (TDI, Argumento Cosmológico, Sintonia fina, os fenômenos supranormais da Parapsicologia...);

15 - Falar em ciência para defender o ateísmo ignorando que os Pais da Ciência acreditavam em Deus e que a maioria dos cientistas acredita em um criador;

16 - Falar que milagres são invenções, ignorando que muitos deles foram estudados exaustivamente pela ciência (ex.: imagem de Guadalupe, centenas de santos incorruptos sem mumificação ou adipocere, milagres de Lourdes e tantos outros milagres marianos, etc. etc. etc...) e não tiveram qualquer explicação humana ou científica (e SÃO MILHARES!);

17 - Achar-se no direito de se intrometer nas escolhas pessoais, como se o ateísmo (responsável por milhões de mortes) fosse algo melhor que a crença em Deus;

18 - Atribuir a Deus as suas limitadas características humanas (como os 'modinhas' que dizem: "Por que Deus não faz isso ou não faz aquilo?", como se Deus precisasse provar algo a eles ou se encaixar em suas obtusas visões acerca do ser mais poderoso do mundo);

19 - Acreditar em toda besteira que sites ateus (FARSANTES, MENTIROSOS E PASMEM, DIZIMISTAS!) propagam sem questionar se é verdade ou não (e ainda dizem que estudam os dois lados! Mentirosos! Hipócritas!);

20 - Achar que escarnecer a religião (zombando de Cristo e objetos sagrados) é ateísmo! Tão imbecis que provavelmente nunca ouviram falar no Artigo 208 do Código Penal.










 LIVROS DE MINHA AUTORIA:
(clique nas imagens)


https://www.clubedeautores.com.br/book/214182--Exateu_gracas_a_Deus    https://www.clubedeautores.com.br/book/218557--Catolico_gracas_a_Deus




 VISITE TAMBÉM:

Blog Ex-ateu, graças a Deus!







Te amarei, te amarei...



Te amarei hoje, te amarei para sempre;
Te amarei como amei ontem, no passado,
como a mãe que ama o filho no ventre,
como o pai que ama o filho adorado.


Te amarei com esse amor sincero e também fraterno;
amor que de tão grande mal cabe em meu coração;
amor imenso, verdadeiro, leal e eterno,
tão novo, tão antigo, tão cheio de paixão.


Te amarei sem limites, te amarei sem medida;
Te amarei todo dia, te amarei toda hora;
com a certeza de que és a mulher da minha vida
jamais permitirei que você vá embora.


Te amarei até o término da minha existência,
mulher amada, mulher guerreira, mulher admirável;
sem você nada sou, sou só vazio e ausência
como um barco sem rumo em meio ao mar instável.


Te amarei com a força de um amor real;
Te amarei de alma, corpo e coração;
que nada nos separe e nem nos faça mal,
que Deus abençoe e proteja a nossa união.


Renato J. Oliveira                  30 de março de 2017



4.4.17

"Enquanto houver injustiça, vamos continuar atuantes."


A pouco mais de um mês de completar 17 anos de idade dei esta declaração à reportagem do jornal Folha de São Paulo, exatamente no dia 26 de março de 1994, na cidade de Limeira (interior de São Paulo).


Hoje, 04 de abril de 2017, fazem exatamente 23 anos que estampei com meu rosto o referido jornal. Agora tenho idade suficiente para ser pai de um Renato Curse. Os anos passaram e hoje tenho uma noção exata daquilo que eu era, daquilo que fui, daquilo que fiz. Não que eu não tivesse qualquer noção de meus atos, muito pelo contrário, mas hoje sei que aquela noção que eu tinha das coisas que fazia e das coisas que acreditava (e defendia) era deficiente.
No âmbito familiar, sem dúvida meus pais foram os que mais sofreram com meus atos de rebeldia, mas apesar disso eles sempre foram amáveis e pacientes (até demais) - confesso que jamais teria sido tão permissivo e tolerante com meus filhos (se os tivesse, claro) quanto meus pais foram comigo em minha adolescência.

Mas, enfim, passaram-se mais de duas décadas e cá estou eu, do outro lado, fora dos vícios esquerdistas, fora da militância anarco-punk, fora de todo esse mundo de utopias, mentiras, farsas e ilusões que contiguamente residem do lado esquerdo da política.
Hoje, quanto mais eu conheço a Esquerda, mais politicamente destro eu fico.

O Renato Curse já não existe mais. O Renato Oliveira mata um pouco a cada dia aquilo que dele restou, extraindo apenas o que de bom ele pode oferecer, ainda que a custo de amargas e dolorosas lembranças.
Hoje é o Renato Oliveira quem está atuante, porém, não foi a minha percepção de injustiça que mudou, ela apenas amadureceu.
O Renato de hoje certamente discordaria de quase tudo que o Renato de ontem dissesse e certamente ambos travariam um grande embate de ideias, o qual poderia se estender por longas horas.
Sei que não seria capaz de convencê-lo, assim como sei que ele não teria argumentos suficientes para sobressair-se no debate, entretanto, tenho absoluta certeza de que o deixaria, no mínimo, encabulado. No entanto, única e exclusivamente por paixão ao movimento punk, ao seu estilo de vida e ao seu círculo de amizades, o Renato Curse não daria o braço a torcer e não abriria mão de suas convicções, mesmo que constatasse que a grande maioria delas, além de estarem equivocadas, eram inviáveis, inaplicáveis e até impossíveis. Certamente ele ia preferir continuar se enganando.
Jovens costumam ser mais apaixonados, mais teimosos, mais inconsequentes e tais características não lhes permitem enxergar com clareza no quê e em quê estão errando - especialmente se tais jovens forem seduzidos por ideias esquerdistas (o que é muito comum hoje em dia com o escancarado Marxismo cultural). 

Há exatos 23 anos eu era assim: punk, anarquista, ateu. Hoje sou cristão (católico com muito orgulho) e só esta característica já me bastaria para saber que me tornei uma pessoa muito melhor, no entanto a vivência e a experiência pessoal de quem um dia enxergou a vida, o mundo e a própria existência sob a ótica da banalidade e superficialidade que só os niilistas, ateus e esquerdistas possuem, me permitem cravar tal afirmação com mais afinco e certeza ainda.

Infelizmente a injustiça sempre existiu e provavelmente sempre existirá, por mais que lutemos, por mais que atuemos, por mais que combatamos. Podemos contribuir para sua diminuição, mas certamente jamais veremos a sua total extinção - não neste mundo, não nesta realidade.
Devemos então nos preocupar mais em concentrar nossos esforços e direcionar nossas atenções às causas que verdadeiramente dizem respeito ao bem comum da sociedade em que vivemos, ou seja, causas que resguardem e preservem os valores morais cristãos que ajudaram a constituir a civilização humana e que sempre fundamentaram a nossa existência, a nossa sobrevivência. Em outras palavras, precisamos salvaguardar, sem medir esforços, os valores, costumes, tradições (e etc.) da família. Família que é a base primordial de uma sociedade mais justa, como supostamente almejam os esquerdistas, liberais, neoliberais e etc. Todos nós almejamos uma sociedade mais justa, todos nós vislumbramos um mundo melhor; disso ninguém parece discordar.
Mas, é o que acontece? 
Com tudo o que vem se sucedendo em matéria de política, economia, saúde, educação, segurança pública (e etc.), não só no Brasil, mas em boa parte do mundo, será que estamos seguindo rumo a um caminho menos íngreme e menos perigoso? Será que estamos construindo um mundo melhor para nós e para as futuras gerações?
A resposta parecerá bastante óbvia se folhearmos algum jornal, se assistirmos algum noticiário ou se acessarmos a internet.

Moro em uma cidade do interior e, prestes a completar 40 anos de idade, sinto até uma nostalgia quando me lembro dos tempos em que saía à noite com meus pais com destino a casa de parentes que moravam em lugares ermos e isolados, com pouca iluminação e sem asfalto. Naquela época não muito distante, meus pais conduziam eu e minha irmã sem qualquer preocupação quanto à segurança, ou seja, sem nenhum medo de serem assaltados ou abordados por criminosos. Isso é inimaginável nos dias de hoje, quando deveria ser justamente o oposto, já que todas essas ruas agora estão asfaltadas e devidamente iluminadas. Hoje, ao contrário de alguns anos atrás, as cidades do interior já não são mais sinônimos de lugares pacatos e tranquilos; a criminalidade e o sentimento coletivo de insegurança imperam e caminham lado a lado. 

Resumindo: o mundo, definitivamente, não mudou para melhor, não mesmo! 
Claro que na concepção doentia de algumas pessoas o mundo pode até ter melhorado no aspecto social, mas para a grande maioria das pessoas esse não é um pensamento/sentimento do qual compartilham.
Seria até impossível diagnosticar com exatidão ou precisão as causas que acabaram conduzindo nosso país a esta atual realidade em que nos encontramos: uma realidade onde impera uma alarmante inversão de valores éticos e morais, uma realidade onde os preceitos cristãos que ajudaram a constituir não apenas nossa atual sociedade, mas também TODA a civilização ocidental, já não têm o mesmo valor de tempos de outrora, sobretudo para aqueles que deveriam cuidar para que tais preceitos não fossem menosprezados, desestruturados ou abalados.

No tocante ao cristianismo, o que hoje muitos comemoram como se fosse um avanço ou um progresso religioso, como por exemplo, o crescimento frenético, desenfreado e até assustador do protestantismo, com suas inúmeras seitas e incontáveis doutrinas fabricadas pela Sola Scriptura, ou mesmo - até como um consequência natural do mencionado crescimento protestante - a perda gradual da autoridade e da influência da Igreja Católica, soa mais como uma das causas principais de toda a desordem social que hoje tristemente testemunhamos.
Muitos hão de discordar e até sentir-se ofendidos com tal afirmativa, mas isso não se trata de uma simples avaliação pessoal. Na minha infância, por exemplo, mais de 80% da população brasileira afirmava ser católica; em minha cidade era raro entrar em uma casa e não ver imagens de Jesus Cristo, da Virgem Maria (especialmente Nossa Senhora Aparecida), de algum santo ou do Papa São João Paulo II. Bons tempos!

Pois bem, acrescentemos ao fato do aumento das seitas protestantes e da perda da influência da Igreja Católica, o desserviço que os governantes pós-redemocratização vêm prestando à sociedade, especialmente nas últimas duas décadas, e eis aí o resultado dessa triste somatória: uma sociedade muitíssimo mal educada, carente de valores morais cristãos e à mercê da constante intromissão estatal na vida particular e privada dos cidadãos que a compõe. O Estado é quem dita nos dias de hoje as regras familiares, o Estado é quem deseja desempenhar a função de educador no seio das famílias. Com isso os pais estão perdendo a autoridade e até o respeito de seus filhos e, como inevitável consequência desse atual quadro de banalização da família, o que vemos também é um crescimento inquietante da delinquência juvenil.

Comparemos, por exemplo, o comportamento e desempenho dos alunos e professores de hoje em dia com os do passado. Na minha infância, um aluno pensaria mil vezes antes de desrespeitar ou agredir um professor; jamais um aluno passaria de ano sem ter aprendido nada; jamais você veria relatos de professores defecando em manifestações; jamais você veria relatos de professores do sexo masculino lecionando de saia; jamais você veria professores excedendo o limite entre educar e doutrinar. Enfim, na minha infância ainda tinha aula de Educação Moral e Cívica e a principal função do professor era realmente educar (e não doutrinar!).

O progresso deveria nos trazer uma educação muito melhor, entretanto, nas últimas três décadas, por mais que as escolas e as salas de aula tenham se adaptado às tecnologias atuais, o que temos é um ensino escolar de péssima qualidade - um dos piores do mundo. Muitos alunos saem das faculdades sem saber escrever corretamente!

Enfim, o que testemunhamos hoje é o retrato de todo um desserviço governamental aliado à nossa extrema inércia e passividade. Fomos nós, o povo brasileiro, que permitimos tudo isso, afinal, somos nós quem colocamos os prefeitos, governadores, presidentes e demais políticos no poder; somos nós que nos permitimos ser enganados; fomos e somos nós que elegemos e não fiscalizamos; fomos e somos nós que deixamos o verdadeiro Deus em segundo plano; fomos e somos nós que ajudamos a construir um deus self-service que negocia favores materiais com suas criaturas; fomos e somos nós que ajudamos a fabricar centenas ou milhares de interpretações bíblicas diferentes, centenas de doutrinas, centenas de seitas. Fomos e somos nós que não levamos a política e a religião a sério!
Fomos e somos nós que colocamos corruptos, revolucionários e terroristas na presidência.
O que poderíamos esperar? 
O que esperar de pessoas imorais e absolutamente despreparadas à frente dos interesses da nação? 

Atingimos um estágio tão preocupante que até frases óbvias que retratam verdades imutáveis como "Menino nasce menino e menina nasce menina" são repetidas como se fossem afirmações desconhecidas ou ignoradas. Absurdo! Assim como é absurdo frisar sobre o valor e a importância de uma vida a uma parte (felizmente ainda minoritária) da sociedade que defende a liberação/legalização do aborto. A que ponto chegamos!

Eis aí o reflexo de uma sociedade que não leva a política a sério e que idealiza Deus como uma espécie de negociante ou um amiguinho invisível a quem não se deve nem ao menos respeitar. Uma nação que menospreza Jesus Cristo e que situa como seus representantes máximos pessoas que pisam nos preceitos e ensinamentos do verdadeiro Deus, está fadada ao fracasso e à decadência moral e social. O Brasil (e o mundo) atual é a maior prova de que essa afirmação faz todo o sentido.

Poderemos nós, brasileiros, frear esse quadro decadente? Conseguiremos não repetir os mesmos erros? Não nos deixaremos mais seduzir pelas ideias atrofiadoras da esquerda política?

Cabe a nós mudar para melhor o que ajudamos a estragar. O poder está em nossas mãos, literalmente. Quando aprendermos a votar nas pessoas certas, daremos o passo principal a caminho da mudança. Só então, a partir daí, a justiça começará a prevalecer contra a injustiça e o mal.

Hoje, 04 de abril de 2017, repito a frase que constava na matéria da Folha de São Paulo de 23 anos atrás: "Enquanto houver injustiça, continuarei atuante!", porém, atuante em causas realmente justas e edificantes.

Se um dia vivermos em uma sociedade consciente de que a maior injustiça que um ser humano pode cometer é desprezar o Deus que lhe deu a vida e não obedecer os seus mandamentos, estaremos trilhando, ainda que passemos por percalços e dificuldades, o verdadeiro caminho do bem comum, em todos os sentidos.


 Renato J. Oliveira             04 de abril de 2017






Veja aqui a matéria no site da Folha









1.4.17

O discurso hipócrita e ignorante de Felipe Neto


Que o nosso país vive uma crescente onda de declínio e alienação cultural já não é uma novidade. Basta ver o que é cultuado, admirado e enaltecido não só pela mídia, mas também por boa parte da população brasileira nos dias de hoje. Tudo que envolva e tenha conotação com sexo, homossexualidade, anticristianismo e depravação ganha os holofotes midiáticos e cai rapidamente no enredo do "curta e compartilhe" com uma velocidade tão espantosa quanto seu conteúdo imbecilizante. A 'geração youtubers' construiu um exército de formadores de opinião e críticos de toda espécie - todos os tipos de assuntos são abordados, mas os que realmente chamam a atenção são aqueles que atentem contra princípios cristãos ou conservadores, como queiram. Em meio a programas de humor dessa geração youtubers, certamente os que mais se destacam são os que zombem do cristianismo, a exemplo de um lixo chamado Porta dos Fundos que tem nada menos que 13 milhões de inscritos/seguidores!
E o que dizer dos youtubers cristofóbicos que se dizem ateus (os típicos neo-ateus militantes)? Seriam eles menos piores do que os paladinos da verdade que vivem defecando asneiras ideológicas e 'filosóficas' em seus vlogs?
Quando nós vemos um 'moleque' muito mal informado sentir-se no direito de questionar dogmas, verdades e fatos históricos que foram chancelados por mártires, doutores, pesquisadores, teólogos, cientistas e tantos gênios ao longo de mais de dois mil anos, e não apenas ser levado a sério, mas também aplaudido por muitas pessoas, fatalmente constatamos um processo que eu chamaria de definhamento cultural alienatório. Me refiro especificamente a um vídeo de um desses youtubers adorados pela molecada de hoje: Felipe Neto.
Eu particularmente só vim tomar conhecimento da existência deste rapaz há menos de dois anos. De tanto ouvir falar acabei assistindo alguns vídeos e tudo o que vi foi futilidade, asneira, idiotice e muita, mas muita hipocrisia. O jovem em questão, chamado por alguns de ator e humorista (humorista!) costuma passar uma impressão de bom rapaz, despojado, intelectual, mente aberta e etc. Explana suas opiniões acerca dos mais variados assuntos (a maioria absolutamente fútil, banal e irrelevante); faz apostas, brincadeiras e piadas típicas de crianças; pinta os cabelos de cores gritantes em troca de mais seguidores; pede dinheiro em suas 'lives' (e acreditem, tem gente que doa 5, 10, 20 reais para simplesmente ouvir um 'oi' do rapaz!).
Mas, enfim, quanto a isso devo dizer que apesar de não apreciar o nobre trabalho de Felipe Neto, acho que ele tem todo o direito de falar suas asneiras àqueles que o seguem ou pagam para ver seus shows, afinal, o que seria dos enganadores se não houvesse os enganados?
Porém, usando as próprias palavras do garoto que ganhou fama de 'malakoi' graças a outro youtuber, o músico Nando Moura (que com certeza aborda temas muitíssimo mais proveitosos e importantes, além de prestar um excelente trabalho de conscientização e de já ter ajudado muita gente), vou 'desfrutar da opinião que o mundo AINDA permite que eu tenha', ou seja, vou discordar do filósofo, pensador, cientista bíblico teen e paladino da verdade, o nobre intelectual Felipe Neto.
Eu já tinha visto um vídeo onde o referido 'estudioso bíblico' tentava convencer o deputado Marco Feliciano de que toda a tradição cristã estava equivocada e que ele estava revelando ao mundo a verdade que todos precisavam conhecer: a Bíblia não reprova a prática da homossexualidade, nem o casamento gay. Ou seja, vamos ter que rasgar tudo o que centenas de cristãos escreveram ao longo de mais de dois mil anos porque o senhor Felipe Neto enfim revelou ao mundo a verdade! Viva, viva, viva! Vamos rasgar todos os ensinamentos da Patrística cristã e introduzir na Bíblia o novo conceito cristão acerca da homossexualidade revelado por Felipe Neto.


Antes de discorrer mais profundamente sobre o assunto, vamos às notáveis e brilhantíssimas palavras do filósofo cristão (que Deus me perdoe por isso!):

"Vamos falar sobre Bíblia? Rapidamente, rapidamente a gente encerra o assunto. Menos de 10 minutos é o tempo que eu preciso para mostrar pra vocês que a Bíblia não pode ser utilizada para dizer que Deus abomina ou condena a homossexualidade, pelo menos não em 2016, 2017, 2018 ou o caralho que for.
A Bíblia é dividida em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. Antigo Testamento: texto específico, escrito pra uma sociedade muito mais primitiva do que a nossa, que precisava de regras claras, de expressões pesadas.
Aí veio um cara, puta cara foda, brilhante, genial, maravilhoso como ser humano, um tesão de ser humano. O nome desse cara era Jesus. E Jesus veio e mudou a porra toda, mudou a porra toda; criou-se o Novo Testamento. O Novo Testamento é a base de toda religião cristã.
Sabe quantos parágrafos dão a entender que ser gay é errado? Um, um parágrafo! Não é um texto, não é um capítulo, não é um livro bíblico; é uma fala! De um único indivíduo! Pergunta se esse indivíduo foi Jesus. Não. Sabe o que Jesus falou sobre os gays? Nada, nada!
Jesus andou com todo tipo de pecador, falou sobre inúmeros pecados. Era de se esperar que se a sua sexualidade tivesse a mínima relevância para Jesus Cristo ele teria dito algo, não é verdade? Nem que fosse: "Pedro, a bunda não darás".
Uma fala de Paulo em Romanos, só! "Então se Paulo falou, tá falado! Veado é anormal! Deus não gosta, Deus não quer! Vai tudo pro inferno!"
Se você vai usar uma única fala de Paulo para condenar milhões de pessoas a sofrer pela eternidade no fogo, então você tem que seguir todas as falas, de todos os apóstolos do Novo Testamento, sem uma única exceção.
"Eu sigo!" (poucos risos). Se você vai seguir todas as falas, você tem que seguir uma fala maravilhosa em Coríntios que deixa claro que a mulher dentro da igreja deve permanecer calada e se tiver alguma dúvida deverá fazer ao marido dentro de casa. Adivinha quem falou isso? Paulo!
Se você vai seguir todas as falas do Novo Testamento, você tem que seguir uma fala maravilhosa em Timóteo onde fica claro que é vedado à mulher ensinar. Se tiver alguma professora assistindo na plateia hoje, você vai pro inferno. Sabe quem falou isso? Paulo!
Qual é a conclusão que nós tiramos? Tem que descartar as coisas que Paulo falava? É! É simples e lógico! Chama evoluir como ser humano.
E se mesmo depois de tudo que nós aprendemos hoje à noite você ainda tiver a cara de pau de falar que vai continuar dizendo que ser gay é errado, puta que pariu, meu amigo, eu tentei; eu fiz o meu melhor, não consigo fazer melhor do que isso não.
O mundo ainda permite que você tenha essa opinião, é por pouco tempo, então desfruta! Mas, aí o mundo permite que eu tenha a minha opinião sobre você e que eu deixo aqui clara: Você é um filho da puta! E tem que tomar no cu!"




(Felipe Neto, o filósofo teen (de quase 30 anos) que conseguiu provar que um consenso cristão de mais de dois mil anos está errado! O filósofo teen que pôs abaixo tudo que grandes nomes da Patrística dos primeiros séculos da Era cristã escreveram sobre homossexualidade!)



Bem, vamos por partes. Notem a presunção do rapaz quando ele afirma sem vergonha alguma que em menos de dez minutos conseguirá demonstrar que a Bíblia não reprova a homossexualidade, sendo que grandes estudiosos das Escrituras Sagradas (coisa que definitivamente o senhor Felipe Neto não é) afirmaram, demonstraram e comprovaram o contrário. 
No entanto, tal qual um porta-voz da razão, ele faz questão de ignorar uma tradição judaico-cristã que em todas as épocas condenou sim a homossexualidade, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Ora, será que o estudioso bíblico esqueceu de ler sobre Sodoma e Gomorra? Por que Deus destruiu estas cidades, hein moleque? 

Talvez ele imagine que Jesus Cristo, ao abrandar as antigas leis judaicas e revelar a Nova Aliança, tenha liberado ou autorizado as práticas homossexuais, mesmo sem encontrar qualquer menção que indique tal absurdo e mesmo com as várias menções que explicitamente comprovam a imutabilidade da palavra de Deus sobre condutas e práticas consideradas imorais e pecaminosas. Deus condenou e condena sim a homossexualidade, seja no passado, seja 'em 2016, 2017, 2018 ou o caralho que for'. Isso nunca vai mudar, senhor Felipe Neto. E pode esbravejar à vontade, pode chamar de homofóbico, pode mandar tomar no cu, pode dar seus showzinhos ridículos 'ou o caralho que for'.

Na verdade, o despojado Felipe Neto não se difere em nada dos tantos moleques que se metem a questionar as Sagradas Escrituras e o próprio Deus, como se qualquer ser humano na terra tivesse tal autoridade e poder para fazê-lo. 
Apesar de já ter declarado que não é ateu, que acredita em 'deus' à sua maneira, ele me lembra muito os neo-ateus 'toddynho', afinal, estes também acreditam em um deus 'à sua maneira' (o deus que eles pintaram, um deus espantalho, um deus super-homem). 
A forma com que o moleque se refere a Jesus Cristo mostra o quanto ele respeita e acredita em Jesus ("Aí veio um cara, puta cara foda, brilhante, genial, maravilhoso como ser humano, um tesão de ser humano"). Só mesmo alguém que não crê ou não aceita Jesus Cristo como Deus Salvador poderia referir-se assim a Ele. É óbvio que Felipe Neto é um neo-ateu toddynho enrustido! É óbvio que ele tem uma vontade imensa de mandar todos os cristãos à merda e só não o faz para manter intacto seu ar de 'bom-mocismo' e não perder seus seguidores (me pergunto qual seria a faixa etária destes seguidores e o nível de intelectualidade dos mesmos). 
Felipe Neto já deixou muito claro que não acredita em um Deus pessoal, no Deus cristão (veja o vídeo "Felipe Neto é ateu?") e que não acredita que Deus possa curar doenças, ou seja, ele não acredita em providência divina e muito menos em milagres. Traduzindo: ele não acredita em Deus. Fico imaginando a cara de um sujeito desses se pudesse conversar com cientistas que antes eram ateus e passaram a ser católicos graças a milagres que eles investigaram e não encontraram respostas. O que Felipe Neto diria, por exemplo, do manto de Guadalupe? Muito provavelmente ele daria um google para separar apenas as mentiras que já foram veiculadas a respeito e ignoraria o vastíssimo material que comprova a autenticidade do milagre.

Mas, voltando ao discurso idiota do rapaz (sobre a Bíblia), notem que ele cai em gritante contradição quando diz: "Sabe quantos parágrafos dão a entender que ser gay é errado? Um, um parágrafo! Não é um texto, não é um capítulo, não é um livro bíblico; é uma fala!"
É claro que não existe apenas um parágrafo condenando a homossexualidade no NT (como o demonstrarei mais adiante), mas mesmo que fosse apenas um ÚNICO parágrafo, isso não deixaria de evidenciar a contradição: afinal, a Bíblia reprova ou não a homossexualidade senhor Felipe Neto? Se existe uma única menção nas Sagradas Escrituras condenando a homossexualidade, mesmo que esteja comportada em único parágrafo, então a Bíblia a condena sim senhor! E não é o seu desejo ou posicionamento pessoal que vai mudar isso.
 
Patético foi ele também tentando argumentar afirmando categoricamente que Jesus nunca disse uma só palavra sequer a respeito de homossexualidade ("Jesus andou com todo tipo de pecador, falou sobre inúmeros pecados. Era de se esperar que se a sua sexualidade tivesse a mínima relevância para Jesus Cristo ele teria dito algo, não é verdade? Nem que fosse: "Pedro, a bunda não darás".). 
Gostaria de saber porque Felipe Neto acha que Jesus Cristo não condenava a homossexualidade. De onde será que ele tirou essa ideia? Será que é por que Jesus não falou a respeito? E como ele sabe que Jesus não falou a respeito??? 
Ora, senhor estudioso, você não deve ter lido o livro do apóstolo São João até o fim, pois se tivesse lido saberia que "Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever." (João 21:25) - vale lembrar que o termo homossexualidade nem existia naquela época.
Se Jesus fez inúmeras coisas que não estão nas Escrituras, imagine quantas coisas ele disse que não foram escritas. A razão pode ser muito simples e você só não enxerga porque defende a causa gay tão apaixonadamente quanto um religioso defende sua crença. 
E já que falei em crença, cabe ressaltar que você, Felipe Neto, pode até conseguir convencer alguns protestantes com esse seu discursinho mentiroso e apaixonado, mas nunca vai convencer um católico como eu, por exemplo. É que você, a exemplo dos protestantes, acha que tem autoridade para legitimar sua interpretação pessoal acerca de versículos bíblicos (tal qual agem os neo-ateus, diga-se de passagem), passando por cima de toda uma tradição milenar, entretanto, nós, católicos, sabemos que acima da Bíblia está a Igreja Católica, pois foi ela que preservou as Sagradas Escrituras para que você e todos os crentes hoje pudessem mutilá-la, deturpá-la, distorcê-la e atacá-la. Em outras palavras, a Bíblia é um produto da Igreja Católica.
Sendo assim, nós que seguimos a tradição (que protestantes menosprezam) não precisamos de nenhum moleque para nos dizer o que é e o que não é imoral, o que é ou não é pecado. Esse discurso imbecil só vai ser abraçado por seitazinhas neopentecostais que vêm realizando até casamentos gays por aí, mas nunca por católicos ou protestantes sensatos. Afinal, o sujeito precisa ser muito, mas muito burro para não compreender versículos tão óbvios do Novo Testamento como estes, por exemplo:


"Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém!
Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza.
Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros,
cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario."
(Romanos 1:25-27)


"Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus."
(I Corintios 6:9-10)




Com relação ao casamento gay, os versículos a seguir também bastam para acabar com qualquer controvérsia:


"Todavia, considerando o perigo da incontinência, cada um tenha sua mulher, e cada mulher tenha seu marido."
(I Corintios 7:2)

"Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo." (Efésios 5:28) - Neste mesmo capítulo do livro de Efésios, é mencionado Gênesis: "Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24)".


Senhor Felipe Neto, mostre-me agora qualquer versículo bíblico que oriente um homem a unir-se com outro homem ou uma mulher unir-se a outra mulher!


Quanto ao fato da suposta obrigatoriedade das mulheres permanecerem em silêncio na igreja, isso não é uma regra e nem tampouco um dogma, pois Paulo se referia claramente a uma situação vivida na igreja de Corinto que, conforme as próprias Escrituras, atravessava um momento de desordem - e nesse caso haviam mulheres diretamente envolvidas em alguns problemas. Leia o capítulo todo e não apenas alguns versículos!
Bem, na mesma fala, o moleque diz que as professoras vão para o inferno, já que o apóstolo São Paulo disse: "A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão. Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio. Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva. E não foi Adão que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão. Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade." (I Timóteo, 2:11-15)
Infelizmente o crítico e estudioso bíblico esqueceu-se de observar em seus livros de história que nos primeiros anos do Cristianismo as mulheres não tinham acesso às escrituras e aos ensinamentos, portanto, era-lhes terminantemente proibido 'ensinar'. Isso não quer dizer que as mulheres eram vistas como seres desprezíveis como querem que acreditemos os neo-ateus, por exemplo. Existem inúmeras passagens na Bíblia que atentam para a importância da mulher:
"Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido." (Efésios 5:33)
Nem é preciso acrescentar qualquer outro versículo que saliente a importância da mulher, já que o versículo acima deixa isso bastante claro. Além do mais, embora muitos opositores da Igreja Católica e até o próprio Felipe Neto desconheçam, foi graças ao cristianismo e à Igreja que a mulher passou a ser mais respeitada no mundo ocidental, basta observar o papel fundamental que inúmeras santas católicas desempenharam nos primeiros anos do cristianismo - algumas eram mais respeitadas do que muitos homens nobres daquela época.


Antes de finalizar, vou reproduzir o pensamento oficial da Igreja Católica a respeito de homossexualidade. Observemos o que diz o parágrafo 2357 do Catecismo católico:

"CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE - A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados."



Agora, senhor Felipe Neto e demais desinformados anticatólicos que tanto nos acusam de sermos homofóbicos, eis a vocês o golpe de misericórdia. Leiam atentamente o que diz os parágrafos 2358 e 2359 do Catecismo da Igreja Católica:

"Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição."
"As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de auto-domínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã."



Entendeu ou precisa desenhar?
Não condenamos de forma alguma os homossexuais, muito pelo contrário! O que reprovamos é a prática homossexual. Ora, não somos obrigados a aceitar aquilo que vocês acham lindo e maravilhoso ficar expondo como a coisa mais normal e natural do mundo! 
Vocês é que estão querendo impor suas ideias e não o contrário!
 
No início do texto citei a enorme hipocrisia de Felipe Neto em seus discursos. Pois é, da mesma forma e com a mesma intensidade que ele defende os homossexuais, ele também ataca, xinga de filho da puta e manda tomar no cu todos aqueles que discordem dele. Foi exatamente isso que ele fez ao defecar pela boca as seguintes palavras: "O mundo ainda permite que você tenha essa opinião, é por pouco tempo, então desfruta! Mas, aí o mundo permite que eu tenha a minha opinião sobre você e que eu deixo aqui clara: Você é um filho da puta! E tem que tomar no cu!"
 
Ou seja, Felipe Neto mandou todos os cristãos (e quem discorde dele) tomarem no cu. Porém a audácia maior do moleque foi dizer que "O mundo ainda permite que você tenha essa opinião, é por pouco tempo, então desfruta!". Ah, Felipe Neto, você acha mesmo que um pensamento que já dura mais de dois mil anos vai se esvair de repente como fumaça no vento só porque você decretou? Hahahahahahahahaha!!! É pra rir de pé!
Ui, "o mundo ainda permite que você tenha essa opinião, é por pouco tempo, então desfruta!". Meu Deus, que medo de Felipe Neto! Vê se te enxerga, moleque! 

O cara fala em discurso de ódio e manda tomar no cu todos que discordam dele (sem contar o episódio em que chamou de retardadas as garotas conservadoras de uma page no facebook)!
Fala em discurso de ódio e chama de homofóbico aquele que discorde das práticas homossexuais, como o fez com Marco Feliciano (como se todos que não concordassem com isso fossem homofóbicos!). 
Fala em discurso de ódio, mas faz injúrias e difamações a quem se utilize de um direito que só ele acha que pode usufruir livremente: a liberdade de expressão - e isso inclui também a liberdade de boicotar serviços, produtos ou empresas. Foi exatamente isso que ele fez com o pastor Silas Malafaia. 
Fica muito claro que Felipe Neto é tão intolerante quanto aqueles que ele chama de intolerantes. Já pensou se todos partissem para ataques pessoais no youtube ou em qualquer outra rede social contra os que pensassem diferente? Já pensou se todos agíssemos como Felipe Neto? 

Ora, agindo dessa forma, quem fomenta discurso de ódio é ele mesmo! 
Se apenas por discordar de práticas homossexuais faz com que um indivíduo seja homofóbico, devemos concluir que todos os homossexuais são 'heterofóbicos'? 
Pare de tentar jogar uns contra os outros senhor Felipe Neto! 
Pare de querer impor suas ideiazinhas mentirosas envolvendo a Bíblia Sagrada!
A BÍBLIA É UM PRODUTO DA IGREJA CATÓLICA E TANTO AS ESCRITURAS QUANTO A PRÓPRIA IGREJA NUNCA APROVARAM A HOMOSSEXUALIDADE!
Como diz o ditado: aceita que dói menos!

Felipe Neto você não é o senhor da razão e da verdade! Sua opinião (baseada na sua brilhantíssima interpretação pessoal) a respeito da Bíblia tem tanto valor e autoridade quanto a opinião que um idiota tem sobre física quântica. Acha mesmo que vai mudar a opinião dos cristãos só porque você insiste em não aceitar uma verdade INEGÁVEL?

E acredite, tem muito homossexual que discorda radicalmente de vo.

Desfrute do seu sucesso, do seu status e da sua fama, afinal, o mundo que o cristianismo ajudou a estruturar permite que você fale essas asneiras hoje em dia.
Triste é saber que milhões dão ouvidos a tanta idiotice.


Renato J. Oliveira                31 de março de 2017



"A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade."
(Romanos 1:18)