Nos últimos tempos tem sido quase que uma constante as manchetes dos meios de comunicação alardeando escândalos sexuais envolvendo sacerdotes da Igreja Católica que teriam abusado de menores de idade, especialmente nos Estados Unidos (onde deu-se o estopim dessas denúncias em massa) e agora, mais recentemente, no Reino Unido. Aqui no Brasil, o país mais católico do mundo, esses escândalos também caíram como uma bomba, surpreendendo, frustrando, envergonhando e revoltando muita gente. Entre os católicos menos informados, a influência dessas notícias tem levado à apostasia especialmente aqueles que são (ou eram) católicos só de nome, ou seja, os católicos não praticantes, aqueles que, por desconhecimento da matéria em si, deixam-se levar pelos ataques sem se dar conta que é justamente esse o propósito principal daqueles que ecoam esses escândalos: abalar as estruturas da Igreja Católica e levar à apostasia em massa.
Aos poucos está se impregnando no imaginário popular a figura do "padre pedófilo" e de uma Igreja corrompida, como se o celibato e o catolicismo fossem uma espécie de antro expoente de um crime tão repugnante, ou pior: coniventes e acobertadores desse delito.
A impressão que muitas vezes fica no ar é a de que, quando o assunto é religião, a pedofilia só acontece e só existe na Igreja Católica, como se nas outras religiões este crime lamentável e vergonhoso não ocorresse, como se apenas os sacerdotes se envolvessem em tais escândalos. Dificilmente se vê notícia desses abusos em igrejas protestantes, especialmente na TV brasileira onde muitas emissoras recebem dinheiro de igrejas evangélicas e neopentecostais. E o que dizer da América do Norte e Europa, onde o protestantismo tem raízes muito mais profundas e sua (má) influência é muito maior que aqui?
Mas o que há de verdade em toda essa história? Será que a Igreja Católica é a instituição religiosa onde mais se comete o crime de pedofilia? Será que o celibato é o maior culpado e motivador dos abusos que têm ocorrido? Será que a Igreja não tem feito nada para punir os acusados? Será que o Papa não tomou nenhuma medida para evitar que isso volte a acontecer?
Discorrerei sobre esta e várias outras questões envolvendo o assunto ao longo deste artigo, mas primeiro é de suma importância reconhecer, ainda que envergonhado, que muitos desses abusos realmente aconteceram e certamente seguem e seguirão (espero que com menos incidência ainda) acontecendo. A razão, diferentemente das motivações, é bastante simples: a Igreja Católica tem duas naturezas: divina e humana. Como divina, já que foi instituída pelo próprio Jesus Cristo, ela seguirá até o fim dos tempos, conforme a promessa do próprio Deus-Cristo, quando deu a Pedro as chaves do Reino dos céus instituindo-o como primeiro chefe (Papa) dela. Como divina, temos a garantia que nem as portas do inferno prevalecerão contra ela e, como temos visto ao longo desses dois mil anos, apesar de ser a instituição religiosa mais perseguida e atacada de todos os tempos, a Igreja Católica segue inabalável, enquanto todos os seus inimigos perecem século após século.
Entretanto, a natureza humana da Igreja, como nem poderia deixar de ser, já que o homem é imperfeito, também cometeu (e fatalmente seguirá cometendo) vários excessos ao longo de sua história, justamente porque o homem, quando se afasta de sua doutrina e de seus ensinamentos, sujeita-se a todo tipo de corrupção, o que o leva a cometer os mais abomináveis crimes.
Mas, engana-se quem imagina que a pedofilia está predominantemente atrelada apenas à religião católica ou ao celibato. A realidade aqui é muito diferente do que se apresenta à primeira vista.
Comecemos com um rápido raciocínio mental. Alguns atribuem a culpa desses escândalos ao voto de castidade exigido pelo celibato; é muito comum ouvir comentários maldosos do tipo: "os padres pedófilos abusam de menores porque estão proibidos de fazer sexo" ou "se a Igreja permitisse que os padres se casassem, esses abusos não aconteceriam". Pois bem, façamos agora o breve raciocínio mental: se um homem que se dedica anos ao aprendizado de práticas religiosas (nos Seminários) que estimulam justamente o oposto de tais ações e que educam para uma vida casta, é capaz de cometer esses abusos contra menores, mesmo sabendo que o sexo está absolutamente reservado aos casais que se unem sob as bênçãos de Deus e que a pedofilia, especialmente nesse caso, é um pecado mortal e imperdoável, o que estará sujeito a cometer um líder religioso que esteja habituado aos prazeres carnais? Quem estaria mais sujeito ou vulnerável a cometer abusos contra menores: um padre inescrupuloso ou um pastor inescrupuloso?
Poderíamos tirar nossas conclusões muito mais facilmente se os números e as estatísticas dos abusos desse tipo cometidos em outras religiões fossem tão explícitos e divulgados como o são em relação à Igreja Católica. Mas, não é porque não são tão expostos que tais abusos não existam em outras religiões, muito pelo contrário, pois como veremos, eles são muitíssimo maiores do que aparentam ser.
Comecemos falando dos Estados Unidos, berço das denúncias de pedofilia envolvendo sacerdotes. De 1950 a 2002, ou seja, um período de mais de 50 anos, foram denunciados nos EUA exatamente 4.392 sacerdotes supostamente envolvidos com o crime de pedofilia. Apesar de parecer um número até elevado, nem todos esses sacerdotes denunciados realmente cometeram qualquer tipo de abuso e muitos deles conseguiram provar sua inocência contra caluniadores que só estavam interessados nas altíssimas indenizações pagas pela Igreja às vítimas reais de abusos. O que há de concreto é que destas 4.392 denúncias, apenas 958 foram levadas a cabo pela justiça e deste total apenas 54 sacerdotes foram condenados, já que as outras denúncias careciam de provas contundentes. Em muitos casos, para dificultar as investigações e uma possível confirmação do abuso, acusava-se (como vem acontecendo hoje em dia) sacerdotes que já haviam morrido e que portanto não podiam se defender das acusações. Muitas destas denúncias comprovaram-se falsas. Porém, o mais importante a ser enfatizado nessas denúncias envolvendo sacerdotes norte-americanos e que, por escancarada má fé, os meios de comunicação jamais levam a conhecimento, é que neste período de 1950 a 2002 houve um contingente de mais de 109 mil sacerdotes! Ou seja, de 109 MIL padres apenas 54 realmente cometeram esses abusos, o que representa muito menos de 1%.
Pois bem, agora façamos uma comparação. Apenas no ano de 1993 mais de 400 clérigos protestantes e afins (nenhum ligado à Igreja Católica) foram denunciados nos Estados Unidos pelo crime de pedofilia. Em um único ano, mais de 400 denúncias contra clérigos episcopais, metodistas, luteranos, presbiterianos e gregos ortodoxos! Ainda nos Estados Unidos, destacam-se os casos de Gerald Patrick Thomas (conhecido pastor luterano condenado a 397 anos de prisão), William Edward Thompson (pastor episcopal, casado e pai de quatro filhos), Stephen Plummer (bispo da diocese episcopal de Navajoland), Wallace Frey (de Nova Iorque), David Johnson (bispo episcopal de Boston, que suicidou-se após as denúncias), e os "tele-evangelistas" Jimmy Swaggart, Jim e Tammy Bakker. O jornal Los Angeles Times de 25 de março de 2002 divulgou uma pesquisa realizada entre os membros da Igreja Batista em 1993 em que revelou-se que 14% dos ministros haviam tido alguma conduta sexual imprópria e 70% afirmaram conhecer algum ministro que já teve.
"Em uma pesquisa do Christian Ministry Resources (CMR) sobre 1.000 igrejas protestantes dos Estados Unidos, afirmou-se que as denúncias de abusos sexuais em uma década eram de 70 por semana, tendo diminuído a partir de 1997. James Cobble, diretor da CMR, afirmou que "os católicos tem chamado a atenção da mídia, mas o problema é muito maior nas igrejas protestantes."
Anson Shupe, da universidade de Indiana, disse que poderiam ser mais de 70 por semana. Ele visitou 1.607 famílias, casa por casa, e em 4% delas algum membro havia sido vítima de abuso por clérigos ou outros membros de igrejas protestantes." (1)
O próprio Anson Shupe afirmou: "Os católicos tem tomado toda a atenção da mídia, mas o problema é ainda maior no interior das igrejas protestantes. E 21% das denúncias reportadas se encerraram nos tribunais ou em acordos fora da corte."
Anson Shupe, da universidade de Indiana, disse que poderiam ser mais de 70 por semana. Ele visitou 1.607 famílias, casa por casa, e em 4% delas algum membro havia sido vítima de abuso por clérigos ou outros membros de igrejas protestantes." (1)
O próprio Anson Shupe afirmou: "Os católicos tem tomado toda a atenção da mídia, mas o problema é ainda maior no interior das igrejas protestantes. E 21% das denúncias reportadas se encerraram nos tribunais ou em acordos fora da corte."
"A Associated Press declarou que três companhias de seguros de igrejas protestantes dos Estados Unidos receberam 260 denúncias de abuso sexual de menores em um ano. Há que considerar que muitas igrejas não tem seguros e não contabilizam seus casos de abusos de menores, o que indica que esses casos são muito maiores que os da Igreja Católica.
Gary Schoener, psicoterapeuta de Mineápolis, recebeu durante 10 anos, mais de 2.000 denúncias de abusos sexuais entre os protestantes.
De acordo com Jenkins: "Alguns dos piores casos de abuso repetido por clérigos referem-se a ministros batistas e pentecostais, em vez de padres católicos. Cada denominação cristã tem tido sua lista de abusos. Este pesadelo, além de afetar os católicos, tem afetado protestantes, judeus, mórmons, testemunhas de Jeová, budistas e até devotos de Hare Krisna."
Philip Jenkis ainda afirma: "A diferença entre a atitude da mídia (contra a Igreja Católica) dificulta a comparação com os abusos em outras denominações protestantes. Porém, não é difícil encontrar numerosos escândalos em todo o espectro das denominações protestantes que frequentemente envolvem altos membros de sua igreja. Como disse um clérigo episcopal: "Infelizmente, a pedofilia é ecumênica, o que é um ponto de vista totalmente contrário à imagem do sacerdote católico pedófilo"." (2)
Gary Schoener, psicoterapeuta de Mineápolis, recebeu durante 10 anos, mais de 2.000 denúncias de abusos sexuais entre os protestantes.
De acordo com Jenkins: "Alguns dos piores casos de abuso repetido por clérigos referem-se a ministros batistas e pentecostais, em vez de padres católicos. Cada denominação cristã tem tido sua lista de abusos. Este pesadelo, além de afetar os católicos, tem afetado protestantes, judeus, mórmons, testemunhas de Jeová, budistas e até devotos de Hare Krisna."
Philip Jenkis ainda afirma: "A diferença entre a atitude da mídia (contra a Igreja Católica) dificulta a comparação com os abusos em outras denominações protestantes. Porém, não é difícil encontrar numerosos escândalos em todo o espectro das denominações protestantes que frequentemente envolvem altos membros de sua igreja. Como disse um clérigo episcopal: "Infelizmente, a pedofilia é ecumênica, o que é um ponto de vista totalmente contrário à imagem do sacerdote católico pedófilo"." (2)
"Quem pensa que o problema é o celibato dos sacerdotes deveria pelo menos explicar porque no clero protestante, onde o casamento é permitido, há muito mais casos que no clero católico."
(Cardeal Caffarra)
(Cardeal Caffarra)
Deixemos os protestantes de lado por enquanto. Entre os judeus, as denúncias envolvendo pedofilia também não é nenhuma novidade. Apenas em 2008, em uma comunidade judaica ortodoxa do Brooklyn, nos Estados Unidos, houve mais de 40 casos envolvendo pedofilia. "A psicoterapeuta judia Charlette Rolnick, de Nova Iorque, declarou que os rabinos ocultam estes casos e que ela tem recebido centenas de queixas que acabam ficando impunes." (3).
Sobre os muçulmanos nem há muito o que discorrer, já que estes permitem até o casamento com menores de idade. No ano de 2009, em Gaza, houve mais de 450 casamentos em que as noivas eram menores de 10 anos de idade! O próprio profeta Maomé casou-se com uma menina de 6 anos (!) chamada Aisha.
"Quanto aos budistas, durante séculos eles aceitaram como normal a pederastia e lhes parece normal que eles, que renunciam a ter relações com mulheres, possam tê-las com os menores que recebem em seus monastérios para futuros monges." (4).
Como se vê, se fôssemos rotular de pedófilo os religiosos respeitando as reais estatísticas, essa pecha indigesta recairia só em último caso nos padres católicos, já que em outras religiões onde o celibato e o voto de castidade não são exigidos, os números de abusos contra menores são muitíssimo maiores. Ah, mas isso com certeza você não verá na Rede Record, já que para a referida emissora que ultimamente vem veiculando notícias de casos de pedofilia entre padres católicos constantemente em seus telejornais, provavelmente as vítimas de abusos de padres merecem muito mais atenção do que as vítimas de pastores protestantes, que são bem maiores.
E já que falamos em celibato, será que este é o principal motivador dos abusos de menores nas Igrejas católicas? Não estaria mais propenso a cometer este delito homens que já tenham experimentado as relações sexuais, casados ou não? Vejamos alguns dados:
"O jornal The Economist de 6 de abril de 2002, cita um estudo de Charol Shakeshaft em que se afirma que 15% dos alunos dos Estados Unidos já sofreram algum tipo de abuso sexual durante sua vida escolar e que 5% dos professores já abusaram de seus alunos. De todos estes casos, apenas 1% dos professores são denunciados e expulsos. Normalmente, se encobre ou se transfere de lugar." (5)
"Outro estudo também realizado para o Departamento de Educação no ano 2002, disse as seguintes palavras: O abuso físico sexual de estudantes em escolas é certamente 100 vezes mais alto em números que o abuso dos padres católicos." Repetindo: 100 VEZES MAIS ALTO!
"Há também pesquisas que falam de outras profissões, como os psicoterapeutas. O doutor Christian Reimer afirmou que tanto na Europa como nos países anglo-saxões, a média de abusos dos psicoterapeutas em seus pacientes é de 10%.
Amedeo Cencini diz que existem porcentagens maiores de abusos em outras profissões, como policiais e médicos, que entre os sacerdotes; e isto em uma proporção de 2 ou 3% maior.". (6)
Amedeo Cencini diz que existem porcentagens maiores de abusos em outras profissões, como policiais e médicos, que entre os sacerdotes; e isto em uma proporção de 2 ou 3% maior.". (6)
"Entretanto, o pior problema são os abusos sexuais de crianças em sua própria família. Muitos autores falam que um terço dos abusos de menores acontece em suas próprias casas, sobretudo, de meninas, por seu próprio pai ou padrasto, irmãos, tios, primos ou pessoas conhecidas ou próximas da família. Segundo o Instituto da Mulher da Espanha, com dados de 1999, 20% das mulheres sofreram abusos na infância. Em 69% dos casos, o abuso foi cometido dentro de sua família, embora poucos casos sejam denunciados. 75% dos abusos é de pai ou padrasto com a filha; 10% de mãe com o filho e os 15% restantes de irmão com a irmã. Segundo dados dos Estados Unidos, uma média de 88% dos abusos de incesto é praticado pelos próprios pais dos menores. De acordo com o investigador norte-americano David Finkelhor, estes incestos seriam 72% de todos os casos. Segundo o mesmo autor, 27% de todas as meninas são violentadas antes de completar 18 anos; e os meninos 16%. Destes meninos violentados, em torno de 25% acaba virando um abusador em sua vida futura." (7).
Se o celibato e o voto de castidade são os principais desencadeadores dos abusos contra menores na Igreja Católica, como explicar um número infinitamente maior desses abusos em religiões onde estes não são exigidos? Deveríamos também rotular os pastores de pedófilos porque muitos deles se envolveram em escândalos de pedofilia? Deveríamos rotular os professores de pedófilos? Deveríamos rotular os pais de família de pedófilos porque muitos mais abusos são cometidos no interior dos lares do que no interior das igrejas? Deveríamos rotular os homossexuais de pedófilos porque proporcionalmente a pedofilia é muito mais praticada entre eles do que entre os heterossexuais? Vale lembrar que muitas associações de movimentos ativistas homossexuais lutam para tornar a prática da pedofilia legalizada, e não se vê os meios de comunicação alardearem nada disso, ao contrário do que acontece com casos de padres pedófilos.
"De fato, em todas as pesquisas há um dado irrefutável: entre 80 e 90% de todos os sacerdotes que abusaram de menores eram homossexuais e, quase todos os abusos foram com adolescentes maiores de 11 anos, motivo pelo qual não se pode dizer que são pedófilos, mas efebófilos. Pedófilos somam um número muitíssimo pequeno. Daí que o investigador Phillip Jenkins, um homem não católico e muito honesto, escreveu The Myth of the pedophile priest (O mito do padre pedófilo)."
"Michael Rose, em seu livro Goodbye good man: How catholic seminaries turned away two generations of vocations from the priesthood (Adeus homem bom: como os seminários católicos afastaram as gerações de vocações do sacerdócio), fala que durante várias décadas os homossexuais foram admitidos em massa, o que levou a criar-se nos seminários uma subcultura gay. Alguns seminaristas iam tranquilamente a bares gays e até tinham relações sexuais entre eles. Foi algo horroroso. O resultado de 40 anos de negligência e de permitir a entrada de homossexuais nos Seminários fez com que muitos padres fossem homossexuais, com as consequências conhecidas."
"É claro que nem todos os homossexuais são maus nem abusadores, mas sim um grande número de homossexuais ativos, especialmente os que sofreram abusos. Segundo Stephen Rossetti, dois terços dos homossexuais que ele tratou, foram abusados." (8)
Mas, enfim, as únicas vítimas importantes são as dos padres, todas as demais vítimas de abusos sexuais menores de idade parecem não ter a mínima importância, como se o fato de terem sido abusadas por não sacerdotes amenizasse a gravidade do crime.
Diante de tudo isso, a verdade que se nos apresenta é exatamente esta: Os meios de comunicação e todos aqueles que superdimensionam os casos de pedofilia envolvendo sacerdotes diante dos outros casos, não estão interessados na punição dos pedófilos e muito menos em divulgar notícias com imparcialidade; só interessa a eles punir e noticiar os casos dos padres pedófilos. Não estão interessados em denunciar pedofilia, só estão interessados em denunciar a pedofilia na Igreja Católica. Não estão revoltados com os abusadores de menores, só estão revoltados com os abusadores que usam batina. Tudo isso com um único propósito: DESQUALIFICAR A IGREJA CATÓLICA PARA TENTAR ENFRAQUECER SUAS ESTRUTURAS.
Tempos modernos, armas modernas, velhas estratégias. As mesmas estratégias que têm sido usadas ao longo dos séculos por todos os inimigos da Igreja: mentiras, calúnias, perseguições, injustiças e exageros.
Por falar em mentira, aqui no Brasil, não tem sido diferente. "A revista "Isto É" publicou em 16 de novembro de 2005, um relatório em que se dizia que no Brasil, segundo uma investigação do Vaticano, havia 1.700 sacerdotes envolvidos em crimes sexuais. No entanto, nunca o Vaticano fez qualquer tipo de investigação sobre isso no Brasil. Além do mais, estes dados foram tomados irresponsavelmente de uma pesquisa, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos, na qual se pedia informação a 1.700 sacerdotes; eram sacerdotes afastados, não culpados de nenhum abuso. Por isso, o cardeal Geraldo Majella, presidente da CNBB, enviou uma carta à revista Isto É para que corrigisse a informação, dizendo que essa gravíssima acusação, publicada como algo seguro, é uma afirmação caluniosa, sem qualquer fundamento. Algum meio de comunicação a nível mundial dos que propagaram a notícia, a retificaram, dizendo que foi uma calúnia da revista?" (9)
Lamentável!
Mas, e a Igreja? O que ela tem feito para tentar corrigir este grande mal que assombra seus fiéis?
Primeiramente, há que se lamentar o fato de altos membros do clero não terem agido de prontidão quando tais escândalos começaram a eclodir em massa (mais especificamente a partir dos anos 2000), deixando de tomar atitudes mais enérgicas. O principal motivo é que o assunto era praticamente uma novidade, muito embora a maioria destes abusos tenham acontecido várias décadas antes das denúncias (alguns aconteceram há mais de 50 anos). Muitos bispos não souberam como agir e acabaram de alguma forma acobertando esses crimes. Mas, atualmente a Igreja tem adotado medidas muito mais enérgicas e, ainda que muitas pessoas insistam em atacar o Papa, a maior autoridade da Igreja, inclusive pedindo sua renúncia, acusando-o de ser conivente com esses crimes, nenhuma outra instituição religiosa tem se empenhado mais em eliminar de seu seio a pedofilia. Mudanças radicais foram implementadas já a partir de Bento XVI.
"Em muitos casos tem-se pedido a renúncia dos bispos envolvidos em acobertamentos. Também tem disposto de tratamento psicológico e espiritual para os sacerdotes envolvidos e os afastado do ministério sacerdotal. Tem se dado normas concretas para que os casos pendentes possam ser denunciados. Inclusive, em alguns países como Holanda e Alemanha, tem se estabelecido telefones de linha aberta para receber chamadas dos afetados e poder assim ajuda-los o quanto antes.
A Igreja, de acordo com o código de direito canônico e as normas vigentes, tem determinado que, a pedido do bispo, estes casos não prescrevam, ainda que tenham ocorrido há vários anos. Todas as Conferências episcopais da Europa tem publicado normas de conduta para afrontar estes casos de abusos de menores. Inclusive o Papa Bento XVI tem se reunido em alguns lugares como Austrália, Estados Unidos, Malta..., com algumas vítimas de abusos para manifestar-lhes sua proximidade, seu consolo e seu apoio para esclarecer os fatos e ressarcir os danos causados em todo sentido."
A Igreja, de acordo com o código de direito canônico e as normas vigentes, tem determinado que, a pedido do bispo, estes casos não prescrevam, ainda que tenham ocorrido há vários anos. Todas as Conferências episcopais da Europa tem publicado normas de conduta para afrontar estes casos de abusos de menores. Inclusive o Papa Bento XVI tem se reunido em alguns lugares como Austrália, Estados Unidos, Malta..., com algumas vítimas de abusos para manifestar-lhes sua proximidade, seu consolo e seu apoio para esclarecer os fatos e ressarcir os danos causados em todo sentido."
"Em 15 de julho de 2010 foram publicadas as Novas normas para crimes mais graves. Entre elas, decide-se:
- A ampliação do prazo de prescrição da ação criminal, que tem sido levado a 20 anos, salvando o direito da Congregação para a Doutrina da Fé para poder revoga-lo.
Isto significa que, a diferença dos códigos penais de muitos países em que os delitos de abuso sexual são prescritos em 10 anos, a responsabilidade canônica durará 20 anos desde que a vítima cumpra 18 anos, ou seja, até que atinja os 38 anos. Porém, a Congregação para a Doutrina da Fé tem o poder para estender o prazo ou que nunca prescreva o delito.
- Se concede ao pessoal do Tribunal e, aos advogados e procuradores, a dispensa de requisito de sacerdócio e de requisito de doutorado em direito canônico.
Isto quer dizer que os juízes dos tribunais eclesiásticos podem, a partir de agora, não ser sacerdotes. Podem ser leigos doutores, ou simplesmente denunciados, em direito canônico.
- Também está reservado à Congregação para a Doutrina da Fé o delito de aquisição, retenção ou divulgação, com finalidade libidinosa, de imagens pornográficas de menores de idade inferior a 14 anos por parte de um clérigo em qualquer forma ou com qualquer instrumento. O clérigo que comete estes delitos deve ser punido de acordo com a gravidade do crime, sem excluir a demissão ou a deposição.
Isso significa que os bispos deverão informar à Roma se um sacerdote baixa pela internet pornografia infantil de menores de 14 anos, veja revistas ou de alguma maneira consuma produtos deste tipo. O objetivo é atuar ao primeiro sinal de alarme, sem esperar que haja vítimas. Se diz menor de 14 anos porque o delito é mais grave, quando se trata de crianças. E pode ser sancionado com a demissão ou expulsão do clérigo.
Por outro lado, se estenderão a todos os países as Normas essenciais que foram aprovadas em 8 de dezembro de 2002 para os Estados Unidos, que tem dado muitos bons resultados; sobretudo, o princípio de expulsão na primeira falta."
- A ampliação do prazo de prescrição da ação criminal, que tem sido levado a 20 anos, salvando o direito da Congregação para a Doutrina da Fé para poder revoga-lo.
Isto significa que, a diferença dos códigos penais de muitos países em que os delitos de abuso sexual são prescritos em 10 anos, a responsabilidade canônica durará 20 anos desde que a vítima cumpra 18 anos, ou seja, até que atinja os 38 anos. Porém, a Congregação para a Doutrina da Fé tem o poder para estender o prazo ou que nunca prescreva o delito.
- Se concede ao pessoal do Tribunal e, aos advogados e procuradores, a dispensa de requisito de sacerdócio e de requisito de doutorado em direito canônico.
Isto quer dizer que os juízes dos tribunais eclesiásticos podem, a partir de agora, não ser sacerdotes. Podem ser leigos doutores, ou simplesmente denunciados, em direito canônico.
- Também está reservado à Congregação para a Doutrina da Fé o delito de aquisição, retenção ou divulgação, com finalidade libidinosa, de imagens pornográficas de menores de idade inferior a 14 anos por parte de um clérigo em qualquer forma ou com qualquer instrumento. O clérigo que comete estes delitos deve ser punido de acordo com a gravidade do crime, sem excluir a demissão ou a deposição.
Isso significa que os bispos deverão informar à Roma se um sacerdote baixa pela internet pornografia infantil de menores de 14 anos, veja revistas ou de alguma maneira consuma produtos deste tipo. O objetivo é atuar ao primeiro sinal de alarme, sem esperar que haja vítimas. Se diz menor de 14 anos porque o delito é mais grave, quando se trata de crianças. E pode ser sancionado com a demissão ou expulsão do clérigo.
Por outro lado, se estenderão a todos os países as Normas essenciais que foram aprovadas em 8 de dezembro de 2002 para os Estados Unidos, que tem dado muitos bons resultados; sobretudo, o princípio de expulsão na primeira falta."
"O Papa Bento XVI também aprovou a Instrução de 4 de novembro de 2005, emitida pela Congregação para a Educação Católica, na qual se manifesta claramente:
Não podem ser admitidos no Seminário e nas ordem sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente enraizadas ou ostentem a chamada cultura gay. As referidas pessoas encontram-se efetivamente em uma situação que dificulta gravemente uma correta relação com homens e mulheres. De maneira nenhuma podem ignorar-se as consequências negativas que podem derivar da ordenação de pessoas com tendências homossexuais profundamente arraigadas. Se tratarem-se de tendências homossexuais que forem só a expressão de um problema transitório, como por exemplo, o de uma adolescência não terminada, estas deverão ser claramente superadas, ao menos, três anos antes da ordenação diaconal." (10)
Não podem ser admitidos no Seminário e nas ordem sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente enraizadas ou ostentem a chamada cultura gay. As referidas pessoas encontram-se efetivamente em uma situação que dificulta gravemente uma correta relação com homens e mulheres. De maneira nenhuma podem ignorar-se as consequências negativas que podem derivar da ordenação de pessoas com tendências homossexuais profundamente arraigadas. Se tratarem-se de tendências homossexuais que forem só a expressão de um problema transitório, como por exemplo, o de uma adolescência não terminada, estas deverão ser claramente superadas, ao menos, três anos antes da ordenação diaconal." (10)
É claro que Bento XVI foi chamado de homofóbico por implementar tais normas para os seminaristas!
O atual Papa Francisco também tem sido frequentemente atacado nos meios de comunicação, e, a exemplo do que aconteceu com seu antecessor, tem até bispo exigindo sua renúncia. Mas, o tempo dirá e mostrará aos caluniadores da Igreja a verdade.
Não pensemos que o Papa Francisco não está tomando suas providências. E que tenhamos o mesmo rigor para exigir que a pedofilia seja punida em todas as suas extensões, independente do ambiente em que tenha sido praticada. A indignação para este e todos os crimes hediondos não pode ser seletiva! Neste exato momento, enquanto alguns parecem preocupar-se apenas com os escândalos envolvendo padres pedófilos, a pedofilia está sendo praticada e até estimulada nos quatro cantos do mundo, sem despertar metade da revolta que tem despertado tais padres. Hoje, muitas associações e instituições estão lutando para legalizar a prática da pedofilia, inclusive aqui no Brasil e quase ninguém (especialmente da mídia) parece se preocupar! Enquanto a Igreja Católica tem lutado incansavelmente para expurgar este terrível mal da sociedade e especialmente de suas dependências, boa parte da mídia brasileira vem tratando o tema pedofilia como caso de saúde pública! Com a mesma intensidade que aparentemente se revoltam contra os padres pedófilos, muitos tentam a todo custo introduzir a sexualidade na vida das crianças, utilizando-se das mais variadas vias, especialmente das que englobam a cultura e a educação.
Um mesmo pai ou mãe que se revoltam com casos de pedofilia envolvendo sacerdotes e que, motivados pela indignação de imaginar seus filhos como possíveis vítimas, atacam a Igreja Católica como se esta fosse o maior abrigo de pedófilos do mundo, são capazes de até aplaudir e incentivar seus filhos a fazer parte da atual "cultura de erotização e sexualização das crianças", ainda que inconsciente ou involuntariamente, quando nem se importam ao ver os filhos rebolando, "descendo até o chão", usando roupas "apelativas", características de pessoas adultas. Esse tipo de comportamento sequer chega a ser discutido nos grandes meios de comunicação; não recebe um terço da atenção que recebe os tais padres pedófilos.
Por tudo isso, é de suma importância que todos os católicos estejam bastante atentos a todo e qualquer tipo de ataque que venha a sofrer sua Igreja. Que saibam distinguir uma notícia imparcial de uma notícia tendenciosa. Que cobrem dos meios de comunicação o mesmo rigor na apuração e veiculação de notícias envolvendo pedofilia. Sim, pois a maioria desses casos que estão vindo à tona foram praticados há várias décadas e enquanto isso a pedofilia segue sendo praticada e até defendida escancaradamente nas mais diferentes áreas e instituições. Não deveriam estes casos despertar uma ira e atenção ainda maiores, já que seguem sendo cometidos até os dias de hoje e em escala muitíssimo maior?
Pelo visto, a revolta de muitas pessoas é bastante seletiva, infelizmente.
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) A Igreja Católica e o Abuso Sexual de Menores, Pe. Ángel Peña
Para aqueles que estiverem interessados em se aprofundar no assunto, recomendo a leitura do livro "A IGREJA CATÓLICA E O ABUSO SEXUAL DE MENORES" do Padre Ángel Peña.
Leia também:
"A imprensa dá muito mais visibilidade aos casos de padres pedófilos, como se as vítimas deles fossem mais importantes. Os padres de Arapiraca (AL), por exemplo, têm sido contemplados pela cobertura dos grandes jornais, portais e TVs. A prisão do pastor protestante Edimário Gama de Freitas, 65, sob a acusação de abusar de filhos de fiéis, só foi noticiada pela imprensa regional, na Bahia."
(Paulopes)
NOTÍCIAS QUE CERTAMENTE VOCÊ NÃO VÊ COM FREQUÊNCIA NA TV
(ESSES ABUSOS NÃO ACONTECERAM HÁ 50 ANOS, MUITO PELO CONTRÁRIO, SÃO BEM RECENTES E TODOS ACONTECERAM EM NOSSO PAÍS. SE FOSSE REPRODUZIR TODOS OS CASOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS QUE SE TORNARAM PÚBLICOS, ESTA LISTA DE NOTÍCIAS CERTAMENTE SOMARIA MILHARES E MILHARES DE CASOS. E NÃO É EXAGERO. A PERGUNTA É: POR QUE A GRANDE MÍDIA NÃO BATE NESSAS TECLAS COMO BATE NOS CASOS ENVOLVENDO A IGREJA CATÓLICA?)
Nenhum comentário:
Postar um comentário