
Agora, existe um movimento para que o goleiro Marcos também seja incluído nessa seleta categoria de craques palmeirenses.
Waldemar Fiúme surgiu para o futebol ao final da década de 30, nos gramados da extinta e histórica Várzea do Glicério, um dos maiores celeiros do futebol paulistano em todos os tempos. De todos os jogadores que deram seus primeiros chutes naqueles campos de terra, nenhum alcançou a projeção daquele jovem magro, alto, esguio e de enorme habilidade. Foi um tempo em que o futebol era bastante diferente dos dias de hoje. Para chegar ao sucesso bastava ter habilidade com a bola, saber driblar e armar jogadas. Nos dias atuais o preparo físico é o que mais importa.


Sem outra opção, Fiúme foi chamado para substituir o titular. E deu conta do recado, destacando-se como o melhor em campo, dando um verdadeiro show de bola, exercendo marcação individual sobre o são paulino Sastre. Fiúme foi autor de jogadas maravilhosas, que abriram caminho para que Caxambu, por duas vezes, e Villadoniga construíssem o placar de 3 X 1. A partir desse dia, Fiume pontificou, ganhando o apelido de “Pai da Bola” pela versatilidade ao atuar em várias funções.
A partir daquele jogo Valdemar Fiúme se tornou um dos melhores zagueiros do futebol brasileiro em todos os tempos. E dizem as más línguas, que até hoje os sãopaulinos se arrependem de terem provocado a suspensão de Dacunto, daquele jogo.
Os torcedores palmeirenses imortalizaram aquele momento mágico de Fiúme com uma paródia da marchinha “Eu brinco”, de Pedro Caetano e Claudionor Cruz, que foi o maior sucesso do carnaval de 1944. A versão original dizia: "Com pandeiro ou sem pandeiro, eu brinco!". Já a letra dos palmeirenses ficou assim: "Com Dacunto ou sem Dacunto, eu ganho!"
Fiúme foi um jogador extremamente polivalente. Em 1946 foi novamente improvisado, dessa vez como quarto-zagueiro. Ao lado de Gengo e de Og Moreira, ele formou uma das mais brilhantes linhas intermediárias da história palmeirense. Um outro trio, no qual jogou ao lado de Dema e do argentino Luís Villa, também entrou para a história, no final da década de 50. Em 1951, participou da vitoriosa campanha da Copa Rio. Em 1958, aos 36 anos, Waldemar Fiúme encerrou a carreira, tendo vestido uma única camisa, a do Palmeiras. Ele jogou 601 partidas e marcou 27 gols.


Um mês depois, no seu jogo de despedida, contra o XV de Piracicaba. Waldemar Fiúme fez a volta olímpica ao lado dos jogadores juvenis e foi aplaudido quando passou pela fila dos dois times adversários daquela tarde. O filho do saudoso roupeiro Tamanqueiro foi incumbido de colocar uma cadeira para que Valdemar Fiúme descalçasse as chuteiras. O capitão Ivan, do Palmeiras, presidente Mario Beni e o diretor Mario Fruguelli entregaram-lhe a camisa do clube, e o convidaram para junto da esposa e filho assistirem o jogo da tribuna, pois havia uma surpresa para depois da partida: a inauguração de seu busto, feito a partir da foto tirada dias antes.
Waldemar nasceu em São Paulo no dia 12 de outubro de 1922 e faleceu, também em São Paulo, por problemas no coração, no dia 11 de Fevereiro de 1996, aos 74 anos de idade. Antes de morrer o ex-craque alviverde teve que amputar as pernas que tantas alegrias deram ao futebol brasileiro.
Já fazia algum tempo que Waldemar Fiúme não estava bem. Sérios problemas com a circulação sanguínea limitavam seus movimentos. Não havia outra solução senão a amputação das pernas, totalmente comprometidas pela gangrena. Em razão da idade já avançada, ele suportou bem a cirurgia, mas não o período seguinte.
Texto: Nilo Dias Repórter
Estatísticas:
Partidas pelo Palmeiras: 601
Número de Vitórias: 337
Número de Empates: 120
Número de Derrotas: 144
Gols pelo Palmeiras: 27
Títulos:
Torneio Início 1942
Campeonato Paulista 1942;
Campeonato Paulista 1944;
Torneio Início 1946;
Campeonato Paulista 1947;
Taça de Campeões Rio-São Paulo 1947;
Campeonato Paulista 1950;
Torneio Rio-São Paulo 1951;
Mundial Interclubes – Copa Rio 1951.
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