José Geraldo Juste, conhecido como Zé Geraldo, (Rodeiro, 9 de dezembro de 1944) é um cantor e compositor brasileiro, e pai da cantora/compositora brasileira Nô Stopa. Nascido em Rodeiro, uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, foi criado em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, também em Minas, de onde saiu, aos dezoito anos, para estudar e trabalhar em São Paulo. Nos anos sessenta, sofreu um acidente automobilístico, que acabou com seu sonho de jogar futebol profissionalmente. Ficou internado durante um ano num hospital em Carangola, onde aprendeu os primeiros acordes e desenvolveu o lado compositor. Durante dois anos, fez fisioterapia na cidade de Santos. Nessa mesma época, trava conhecimento de uma banda que tocava em bailes, da qual passa a fazer parte - cantando em inglês. Na década seguinte forma-se em Administração, enquanto tocava em bailes. Após alguns anos, tendo adquirido alguma experiência de palco, decide participar de festivais de música, sem deixar o emprego de executivo.
No ano de 1978, participa do Primeiro Festival de Música da Ericsson no Brasil, e alcança a vitória. É então contratado pela gravadora CBS, abandonando a carreira de executivo e abraçando a carreira artística. Em seu álbum Terceiro Mundo, fez grande sucesso nacional com a música “Cidadão”, regravada, entre outros intérpretes, pelo paraibano Zé Ramalho e pelo cantor Sílvio Brito. Suas canções como "Rio Doce" e "Milho aos Pombos" tornaram-se conhecidas após concorrerem nos festivais de música realizadas pela Rede Globo no início dos anos oitenta. Nesta década, devido ao fato de ser fiel ao seu estilo musical, abandona as grandes gravadoras e torna-se artista independente. Pelo fato de ter sido criado na cidade de Governador Valadares, e portanto ter laços com a cidade, no dia 3 de julho de 2007, recebe o título de "Cidadão Valadarense". Também em decorrência disso, sua canção "Rio Doce" tornou-se o hino da cidade. Pouco depois, lançou CD/DVD intitulado Um Pé no Mato, um Pé no Rock, no qual faz referência a suas principais influências musicais, Tião Carreiro e Bob Dylan. Em maio de 2008, foi lançado o mais recente trabalho, intitulado Catadô de Bromélias, o qual inclui uma versão em português da música "Mr. Tambourine Man", de Bob Dylan, e uma nova parceria, com o cantor e compositor Zeca Baleiro, "Na barra do seu vestido".
Discografia
Cidadão 30 e Poucos Anos - CD e DVD Ao Vivo - Sol do Meio Dia - 2011
Catadô de Bromélias - Sol do Meio Dia - 2008
Um Pé no Mato, um Pé no Rock (Ao Vivo)- Sol do Meio Dia - 2006 (também em DVD)
Tô Zerado – Sony - 2002
O Novo Amanhece (Ao Vivo)– Kuarup - 2000
No Meio da Área – Paradoxx - 1998
Acústico (Ao Vivo) – Paradoxx - 1996
Aprendendo a Viver – Eldorado -1994
Ninho de Sonhos – Eldorado - 1991
Viagens & Versos – Eldorado - 1990
Poeira e Canto (Ao Vivo) - Vaqueiros Urbanos/Eldorado - 1988
No Arco da Porta de Um Dia – Arca - 1986
Sol Girassol – Copacabana - 1984
Caminhos de Minas – Copacabana - 1983
Zé Geraldo – CBS - 1981
Estradas – CBS - 1980
Terceiro Mundo – CBS - 1979
Zegê e The Silver Jets – Rosenblitz - 1970
Participações
Em 2002, participou da gravação do CD "Clima de Rodeio", da banda country capixaba Dallas Country, na música "Como Diria Dylan".
Renato Russo nome artístico de Renato Manfredini Júnior (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960 – Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996) foi um cantor e compositor brasileiro, célebre por ter sido o vocalista e fundador da banda de rock Legião Urbana. Antes da fundação do grupo que o tornou conhecido mundialmente, Renato integrou o grupo musical Aborto Elétrico, do qual saiu devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos.
Bissexual assumido, Renato morreu devido as complicações causadas pela AIDS em 11 de outubro de 1996, na época com 36 anos. Amigos do cantor afirmam que o mesmo contraiu a doença após se envolver com um rapaz que conhecera em Nova Iorque, portador da doença, em 1989. Como integrante da Legião Urbana, Russo lançou oito álbuns de estúdio, cinco álbuns ao vivo, alguns lançados postumamente, e diversos singles, escritos em sua maioria pelo próprio. Gravou ainda três discos solo e cantou ao lado de Herbert Vianna, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Paulo Ricardo, Erasmo Carlos, Leila Pinheiro, Laura Pausini, Biquini Cavadão, 14 Bis e Plebe Rude.
Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, onde Renato Russo ocupa o 25°. lugar.
Biografia Infância Até os seis anos de idade Renato viveu no Rio de Janeiro junto com sua família. Começou a estudar cedo no Colégio Olavo Bilac, na Ilha do Governador, zona norte da cidade. Nessa época teria escrito uma bela redação chamada "Casa velha, em ruínas…", que inclusive está disponível na íntegra. Em 1967, mudou-se com sua família para Nova Iorque pois seu pai, funcionário do Banco do Brasil, fora transferido para agência do banco em Nova Iorque, mais especificamente para Forest Hills, no distrito do Queens. Foi quando Renato foi introduzido a língua e a cultura norte-americanas. Em 1969 a família volta para o Brasil, indo Renato morar na casa de seu tio Sávio na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.
Adolescência Em 1973 a família trocou o Rio de Janeiro por Brasília, passando a morar na Asa Sul. Em 1975, aos quinze anos, Renato começou a atravessar uma das fases mais difíceis e curiosas de sua vida quando fora diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Ao saber do resultado, os médicos submeteram-no a uma cirurgia para implantação de três pinos de platina na bacia. Renato sofreu duramente a enfermidade, tendo que ficar seis meses na cama, quase sem movimentos. Durante o período de tratamento Renato teria se dedicado quase que integralmente a ouvir música, iniciando sua extensa coleção de discos dos mais variados estilos. Em entrevista, Russo teria alegado que este período fora determinante na formação de sua musicalidade.
Vida profissional Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico, ao lado dos irmãos Felipe Lemos (Fê) (bateria) e Flávio Lemos (baixo elétrico), e do sul-africano André Pretorius (guitarra). O grupo durou quatro anos, de 1978 a 1982, terminando por brigas entre Fê e Renato. O Aborto Elétrico foi a semente que deu origem à Legião Urbana e ao Capital Inicial (formado por Fê e Flávio, junto ao guitarrista Loro Jones e ao vocalista Dinho Ouro-Preto). Após o fim do Aborto Elétrico, Renato começa a compor e se apresentar sozinho, tornando-se o Trovador Solitário. A fase solo durou poucos meses, até que o cantor se juntou a Marcelo Bonfá (baterista do grupo Dado e o Reino Animal), Eduardo Paraná (guitarrista, conhecido como Kadu Lambach) e Paulo Guimarães (tecladista, conhecido como Paulo Paulista), formando a Legião Urbana, tendo Renato como vocalista e baixista.
Suas principais influências eram as bandas de post punk que surgiram na época, especificamente, Renato Russo se espelhava no trabalho de Robert Smith, vocalista do The Cure e especialmente Morrissey que era vocalista da banda The Smiths Após os primeiros shows, Eduardo Paraná e Paulo Paulista saem da Legião. A vaga de guitarrista é assumida por Ico-Ouro Preto, irmão de Dinho Ouro-Preto, que fica até o início de 1983. Seu lugar é assumido definitivamente por Dado Villa-Lobos (que criou a banda Dado e o Reino Animal com Marcelo Bonfá, Dinho Ouro Preto, Loro Jones e o tecladista Pedro Thompson). A entrada de Dado consagrou a formação clássica da banda. À frente da Legião, que contou com o baixista Renato Rocha entre 1984 e 1989, Renato Russo atingiu o auge de sua carreira como músico, criando uma relação com os fãs que chegava a ser messiânica (alguns adoravam o cantor como se fosse um deus). Os mesmos fãs chegavam a fazer um trocadilho com o nome da banda: Religião Urbana/Legião Urbana. Renato desconsiderava este trocadilho e sempre negou ser messiânico.
Morte Renato Russo, que se declarava católico que fazia seu próprio catolicismo faleceu no dia 11 de outubro de 1996, às 01.15 horas da madrugada, pesando apenas 45 quilos, em consequência de complicações causadas pela AIDS (era soropositivo desde 1989, mas jamais revelou publicamente sua doença). Deixou um filho, o produtor cultural Giuliano Manfredini, na época com apenas 7 anos de idade. O corpo de Russo foi cremado e suas cinzas foram lançadas sobre o jardim do sítio de Roberto Burle Marx. No dia 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, ao lado do empresário Rafael Borges, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que a banda tenha vendido cerca de 20 milhões de discos no país durante a vida de Renato. Mais de uma década após sua morte, a banda ainda apresenta vendas expressivas de seus discos pelo mundo.
Discografia Álbuns solo de estúdio The Stonewall Celebration Concert (1994) Equilíbrio Distante (1995) O Último Solo (1997)
Coletâneas Série Bis: Renato Russo - Duplo (2000) Para Sempre - Renato Russo (2001) Série Identidade: Renato Russo (2002) Presente (2003) O Talento de Renato Russo (2004) O Trovador Solitário (2008) Renato Russo: Duetos (2010)
Em janeiro de 1948, Boca Juniors e River Plate vieram a São Paulo, realizar amistosos contra as equipes da capital. O River chamou atenção especial do público e da imprensa, pois se tratava de "La Máquina", apelido dado à melhor equipe da história do futebol argentino. Um esquadrão de craques que dominou os anos 40, e que infelizmente [para eles...] não pode registrar seu nome na história das Copas, já que as de 42 e 46 foram suspensas, e em 1950 a Argentina boicotou a Copa realizada no Brasil.
Aqui estavam para jogar pelos times argentinos, entre outros: José Manuel Moreno, considerado por muitos especialistas que o viram jogar, como o melhor jogador argentino de todos os tempos. Cinco vezes campeão nacional, marcou 179 gols em 321 partidas.
Angel Labruna, mais do que o craque referência do River Plate, é considerado hoje, e já à época, uma verdadeira lenda do futebol Sul-americano.
Alfredo Di Stefano, eleito pela Revista France Football como o melhor jogador da Europa de todos os tempos, Campeão Europeu de Clubes pelo Real Madrid em 5 oportunidades consecutivas, Campeão Mundial, jogou em 3 seleções nacionais e é um dos 5 melhores jogadores da história do futebol, além de ter sido nomeado Presidente de Honra do Real Madrid.
Aproveitando a estada dos argentinos em São Paulo, foi marcada uma espécie de tira-teima. Os dois grandes times argentinos contra o "Trio de Ferro", expoente máximo do futebol paulista, ou seja, uma verdadeira Seleção Paulista, contra um combinado "Boca-River", uma verdadeira Seleção Argentina. A Seleção Paulista chegou ao Pacaembu preparada para jogar com uniforme todo branco, neutro, enquanto que do outro lado surgiu o impasse. Os jogadores do River se negavam a vestir a camisa do Boca, e vice-versa. A rivalidade impedia tal heresia. À última hora, por interferência do craque Palmeirense, mas Argentino de nascimento, Bóvio, os portenhos decidiram jogar com a camisa do Palmeiras.
Assim, em 21 de Janeiro de 1948, uma verdadeira Seleção Argentina, uma das melhores de sua história entrou no Pacaembu, vestindo o uniforme do Palmeiras, num momento histórico do futebol mundial. É fato que, num certo momento da partida, o ataque com a camisa alvi-verde foi aquele que é considerado uma poesia para os apreciadores da velha guarda futebolistica: BOYE, MORENO, DI STEFANO, LABRUNA e LOSTAU, além de NESTOR ROSSI na "meia cancha", YACONO na defesa e o célebre CARRIZO no gol. Di Stefano, então o melhor jogador do mundo, comandou o ataque com a camisa Palmeirense e ainda fez um gol. O resultado final da partida foi 1x1 e os jornais do dia seguinte comentaram o extraordinário espetáculo técnico acontecido no Pacaembu, na noite de 21 de janeiro de 1948.
Paulistas: Oberdan Caieira (Renganeschi) e Noronha (Turcão) Rui, Zezé Procopio e Valdemar Fiume. Cláudio Cristovão Pinho, Ieso Amalfi, Servilio, Canhotinho e Teixeirinha (Remo)
Argentinos: Diano (Carizzo) Maranti e Dezorzi Yacono, Nestor Rossi (Castelar) e Ramos Boye, Moreno (Corquera), Di Stefano (Sarlanga) , Labruna (Lostau) e Pin
Gols: Servilio e Di Stefano Árbitro: Artur Janeiro Arrecadação: cr$ 461.130,00 Local: Pacaembu.
Além
de embarcar na história do Derby paulista, de sentir e imaginar o clima
de tantas e tantas pelejas marcantes que construíram essa rivalidade, o
leitor também terá a oportunidade de acompanhar os detalhes mais
memoráveis da história da Sociedade Esportiva Palmeiras, como por
exemplo, o dramático episódio da mudança de nome, e a luta contra o
“sistema”. Os grandes erros de arbitragem desde os primeiros embates, os
erros que determinaram derrotas e até perdas de campeonatos...