1.3.12

Noturno Solitário (O Vampiro)



Mais uma noite se aproxima,
para muitos, mais um dia termina,
e com ele o stress, o cansaço, a rotina.


Não me lembro mais do sol poente,
nem da última vez que estive doente;
noite, trevas, sangue... eu, somente.


Para muitos eu não existo, sou só lenda,
melhor assim, prefiro que ninguém entenda,
não creio que exista alguém no mundo que compreenda.


Pois sou mistério, sou trevas, sou imortal,
sou muito além de mero ser sobrenatural
e a noite é minha, nela sou visto como normal.


E assim passeio, vôo, viajo, caminho,
sempre só, sempre solitário, sempre sozinho,
anseio ainda a musa, mulher do meu destino.


Pois se com centenas de anos ainda sou moço,
quem sabe um dia, entre um e outro pescoço
eu não a encontre, sem dificuldade, sem muito esforço.


Só espero que antes do meu último suspiro,
eu, que já sobrevivi ao fogo, ao veneno e ao tiro,
não termine como sou hoje: um solitário Vampiro.



Renato J. Oliveira            24/25 de fevereiro de 2.012







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