No dia 17 de fevereiro de 1.986, ainda com 8 anos de idade (faria 9 em maio), pela televisão, como tantas pessoas na época, fui testemunha de uma tragédia que marcou pra sempre minha vida: o incêndio no Edifício Andorinhas, no Rio de Janeiro. Nunca me esquecerei da imagem das duas pessoas se atirando do 12.o andar; o grito da repórter: "Meu Deus do céu, uma pessoa se jogou!" É uma imagem realmente chocante, triste, infelizmente inesquecível.
Antes daquela tragédia, várias outras já tinham ocorrido e, de lá pra cá, muitas outras voltaram a acontecer. Água, fogo, deslizamento de terra... O mais lamentável de tudo isso sem dúvida é saber que a maioria desses tristes episódios poderiam ter sido evitados. Sabe-se lá se por imprudência, negligência, descaso ou qualquer outro motivo, muitas tragédias envolvendo dezenas e até centenas de pessoas, de SERES HUMANOS, vem acontecendo nos últimos anos. A mais recente, o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, nas primeiras horas do dia 27 de janeiro de 2.013, matou mais de 230 pessoas! Agora fala-se em adotar medidas mais rígidas de segurança em estabelecimentos e casas noturnas que comportem grande número de pessoas. Claro que isso é bom, mas por que só agora hein? Certamente, outras medidas de segurança estão à espera da próxima tragédia. Triste...
14 Bis é uma banda vocal/instrumental brasileira que surgiu em Belo Horizonte, Minas Gerais, criada pelos irmãos Flávio e Cláudio Venturini, Hely Rodrigues, Vermelho e Sérgio Magrão.
História
O 14 Bis foi criado no final do ano de 1979, por músicos que já se conheciam e alimentavam a ideia de ter uma banda brasileira nos moldes daquelas bandas internacionais que tanto influenciaram e emocionaram seus integrantes como Beatles, Rolling Stones, Deep Purple, Yes, Led Zeppelin, Pink Floyd entre muitas outras.
Mas a influência não se resume a música criada fora do Brasil. O "Clube da Esquina" foi para todos do 14 Bis a prova que poderia ser criada no Brasil uma nova Música Brasileira original, popular e ao mesmo tempo sofisticada. Antes da fundação do 14 Bis, era diante desse caldeirão musical que seus futuros integrantes sonhavam em gravar suas canções e atingir o sucesso. Enquanto isso não era possível, trabalhavam cada um junto a um grupo ou artista diferente, sempre buscando o amadurecimento musical e profissional. Flávio e Sérgio estavam no O Terço, Hely e Vermelho no "Bendegó" e Cláudio com Lô Borges.
Naqueles anos o Brasil ainda em processo de redemocratização era um país onde a formação de uma banda era vista com desconfiança pelas gravadoras. Foi com o aval de Milton Nascimento (produtor do primeiro disco) que o 14 Bis foi contratado pela multinacional EMI Odeon para gravar o 14 Bis I, disco que rapidamente galgou as paradas com canções como "Natural" e "Canção da América", esta uma inédita de Milton Nascimento e Fernando Brant.
No ano seguinte foi lançado o disco 14 Bis II, disco considerado clássico da banda com inovações harmônicas, vocais e instrumentais trazendo mais sucesso e afirmação no cenário musical brasileiro para o 14 Bis. Neste disco se destacam músicas como "Planeta Sonho", "Nova Manhã", "Caçador de Mim", "Bola de Meia, Bola de Gude" entre outras.
Em 1981 foi lançado o "Espelho das Águas" disco onde a banda apresentou novos ritmos e arranjos como pode-se notar em "Mesmo de Brincadeira" um country mineiro ou "A qualquer Tempo", um barroco mineiro, além de apresentar mais um clássico inédito de Milton e Brant, "Nos Bailes da Vida".
O ano de 1982 veio com "Além Paraíso" gravado depois de uma viagem aos EUA onde a banda comprou o melhor equipamento existente à época, fato que ajudou a aprimorar ainda mais a sonoridade do disco. O grande hit foi "Linda Juventude". Em 1983 saiu "A Idade da Luz" quinto disco em menos de cinco anos, com mais um grande hit "Todo Azul do Mar".
Aí veio o sexto disco onde o 14 Bis experimenta e flerta com a new age (movimento musical britânico). Novas parcerias musicais e estéticas mostram que "A Nave Vai" lançado em 1985 é multifacetado desde a capa ao conteúdo. Canções como "Nuvens", blues como "Figura Rara" e a new age "Outras Dimensões" traduzem a inquietude musical e a busca incessante do novo pelos seus integrantes.
O sétimo disco é o último disco de canções inéditas, composto e gravado com a formação original da banda e marca a saída de Flávio Venturini do 14 Bis para a melhor condução de uma carreira solo que já havia rendido 2 discos paralelos ao trabalho da banda. A parceria com Renato Russo em "Mais uma Vez" é um grande sucesso desse trabalho. Naquele mesmo ano de 1987 foi gravado o primeiro disco ao vivo do 14 Bis "14 Bis ao Vivo" ainda com a formação original.
Já nos anos 90 o 14 Bis lança "Quatro por Quatro", disco raro no mercado que apresenta músicas como "Romance", "O Fogo do teu Olhar", "Dona de Mim" entre outras.
O décimo disco é também o primeiro gravado fora do Brasil, "Siga o Sol" foi quase todo gravado e mixado em New York refletindo bem o momento e o amadurecimento do grupo.
No final nos anos 90 a banda grava o "Bis acústico" apresentando aos fãs grandes sucessos da banda no formato acústico e também canções inéditas como "Sonhando o Futuro".
Em 2000 a banda grava com o grupo "Boca Livre" um belo trabalho ao vivo "Boca Livre e 14 Bis ao vivo" com clássicos das duas bandas. Em 2004 o 14 Bis lança mais um disco de músicas inéditas, "Outros Planos" onde a banda mostra novas parcerias e belas músicas como "Outono", "Canções de Guerra" e "Constelações" entre muitas outras.
O trabalho mais recente é o CD e DVD "14 Bis ao vivo", primeiro DVD da banda contendo seus grandes sucessos e trazendo a participação de Flávio Venturini, Beto Guedes, Rogério Flausino e Marcus Vianna. Os planos para o futuro breve são o remix do CD "Outros Planos" com a adição de duas canções inéditas e a comemoração dos 30 anos da banda com a volta de Flávio Venturini para a gravação de um CD e DVD de sucessos da banda e de inéditas do grupo compostas especialmente para comemorar estes 30 anos de sucesso.
Curiosidades
O músico Vermelho conheceu o parceiro musical Flávio Venturini em 1968 no exército, onde faziam parte do corpo de oficiais temporários (CPOR). O hino do CPOR tem como autor o próprio Vermelho.
O primeiro álbum lançado em formado de CD foi o Quatro por Quatro, em 1993. Os trabalhos anteriores foram gravados em discos de vinil e fitas cassete, mas foram relançados em CD pela EMI. O único disco que não foi editado em CD é o Sete (1987).
O 14 Bis possui um integrante que não é membro oficial, o tecladista Sérgio Vanconcellos acompanha a banda em gravações de estúdio e shows. Após a saída de Flávio Venturini a banda necessitava de outro tecladista. Sérgio Vasconcellos foi músico nos Estados Unidos durante muitos anos, e está no 14 Bis desde 1995.
Discografia
Ao longo da carreria o grupo gravou doze álbuns de estúdio, além de coletânes, álbuns ao vivo, participações e DVDs.
1914 - Palestra Itália - Elaborado nos primeiros tempos era o símbolo institucional do clube, utilizado em impressos, carteira social e na bandeira oficial.
1915 - Foi o primeiro distintivo utilizado na camisa do clube. As letras arcaicas “P” e “I”, nas cores brancas, ornavam o lado esquerdo do peito do uniforme verde do Palestra Itália.
1916 - Para a disputa do Campeonato Paulista de 1916, a diretoria palestrina decide importar da Itália um jogo de camisa com o escudo da Cruz de Savóia, símbolo da Casa Real Italiana.
1917 - Houve nova alteração no escudo da camisa. A Cruz de Savóia deu lugar às letras “P” e “I”, que eram orladas por um triângulo na cor verde.
1918 - O distintivo foi mudado novamente. Seu formato passou a ser circular, orlado de vermelho num fundo branco. No centro, as letras "P" (na cor verde) e "I" (em vermelho) entrecortando-se.
1938 - Com o mesmo formato circular, mudou-se apenas a disposição das cores. Orlado de branco num fundo verde. No centro, as letras "P" (na cor branca) e "I" (em vermelho) entrecortando-se.
1940 - Com o mesmo formato circular, mudou-se apenas a disposição das cores. Orlado de branco num fundo verde. No centro, as letras "P" (na cor vermelha) e "I" (em vermelho) entrecortando-se.
1942 - Palestra de São Paulo - Símbolo provisório utilizado no período da mudança de nome.
1942 - Desaparece o vermelho e a letra “I” do escudo, ficando apenas o verde e o branco, com a letra "P" no centro, indicando a inicial do nome do clube.
1959 - O distintivo da camisa do Palmeiras sofre nova alteração.
O tradicional “P” dá lugar a um novo escudo.
1977 - O distintivo da camisa do Palmeiras passa a ser esse.
2012 - Correção e padronização dos espaçamentos e espessuras entre fios e filetes;
- Padronização das 26 linhas paralelas dentro de seu brasão; ( simbolizando o dia de fundação do clube )
- Ajustes na simetria, espaçamento, tamanho e desenho das oito estrelas internas;
- Suavização nos contornos e cantos da escrita interna ‘PALMEIRAS’, além da correção do ponto de fuga de sua perspectiva, tornando seu conjunto mais harmonioso e proporcional.
- Redesenho da letra “P” de acordo com o estilo de desenho usado ao longo da história do clube.
Além
de embarcar na história do Derby paulista, de sentir e imaginar o clima
de tantas e tantas pelejas marcantes que construíram essa rivalidade, o
leitor também terá a oportunidade de acompanhar os detalhes mais
memoráveis da história da Sociedade Esportiva Palmeiras, como por
exemplo, o dramático episódio da mudança de nome, e a luta contra o
“sistema”. Os grandes erros de arbitragem desde os primeiros embates, os
erros que determinaram derrotas e até perdas de campeonatos...