21 de agosto de 1989: O Brasil perdia aquele que até hoje é conhecido como o 'Pai do Rock Brasileiro" (ou Rei do Rock Brasileiro se preferirem), o 'maluco beleza' Raul Seixas.
Abaixo, a reprodução da notícia de sua morte, publicada no jornal Folha de São Paulo de 22 de agosto de 1989:
Morre aos 44, Raul Seixas, o maluco beleza
Da Reportagem Local
O cantor e compositor Raul Seixas morreu aos 44 anos às 5h de ontem, em São Paulo, de uma parada cardíaca causada por pancreatite crônica, segundo seu médico particular, Luciano Stancka e Silva, 31.
O corpo do cantor foi encontrado por volta das 9h por sua governanta, Dalva, em um quarto do flat Residencial Alliança, localizado na Rua Frei Caneca, nos Jardins.
Raul Seixas será enterrado hoje no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.
Até às 19h de ontem a família do cantor não havia definido o horário do enterro e local onde seria velado o corpo. Segundo a WEA, gravadora de Seixas, o velório deveria ser realizado em um teatro de São Paulo.
Há mais de dez anos Raul Seixas sofria de pancreatite, inflamação generalizada do pâncreas. Era alcoólatra e foi o alcoolismo que causou a doença. Por causa da pancreatite, Seixas tornou-se diabético, o que o obrigava a tomar doses diárias de insulina. Segundo Stancka, Raul Seixas não tomou insulina no último fim de semana. A ausência de insulina provocou a parada cardíaca.
Raul Seixas nasceu em 28 de junho de 1945 em Salvador. Aos 16 anos filiou-se a um fã-clube de Elvis Presley, o Elvis Rock Clube de Salvador. Presley, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis eram seus ídolos.
Em 67 lançou seu primeiro disco "Raulzito e Os Panteras" e mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi produtor da gravadora CBS. Seixas foi casado cinco vezes.
Seixas foi uma figura polêmica no meio artístico. Dizia não gostar de nenhum outro compositor brasileiro. Teve várias de suas músicas censuradas, a última delas "Eu Não Quero Mais Andar na Contramão", incluída no último disco "Pedra do Gênesis".
Um grupo de evangélicos tentou impedir uma apresentação do cantor em maio deste ano em Santa Bárbara do Oeste, distribuindo panfletos em que o acusavam de ser o demônio.
Em 15 de maio de 82, quase foi linchado durante uma apresentação em Caieiras (35 km ao norte de São Paulo).
Raul foi chamado de impostor e ficou preso na delegacia de Caieiras até provar sua identidade.
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