Mas, então, doutor, o que é
ser louco?
Será que louco é ser
diferente;
É aceitar que o suposto
pouco,
para ele, o louco, é mais que
suficiente?
O que é ser louco? – lhe
pergunto doutor.
Será que é sonhar acordado?
Será que é pensar ou falar
sem rancor;
será que é oscilar entre
certo e errado?
Será que o louco é mesmo
maluco?
Garanto-lhe que o louco, para
ele, é você;
Talvez até no papel desse
louco eu pergunto:
Doutor, o que faz um louco
assim ser?
O louco debocha dos padrões
impostos,
hostiliza conceitos de ser ou
não ser;
E enquanto da vida você faz
terremoto,
o tal louco a aproveita para
viver.
Jamais subestime a loucura
dos loucos,
Os loucos de sã consciência, doutor;
Pois mesmo que em minoria,
esses poucos loucos
sabem como poucos usar a
loucura a seu favor.
Sei que o senhor contesta a
capacidade dos loucos,
mas, sabe, doutor, nenhum
deles se importa com isso,
afinal, são loucos e no
fundo, nós, os loucos
somos muito mais felizes,
pode apostar nisso!
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