16.7.12

Sonhos de um mundo melhor

O texto abaixo é uma visão crua e anarquista de um jovem rebelde com 18 anos de idade, militante anarcopunk, boêmio e com a maior vontade de mudar o mundo.


Os sonhos e os propósitos, independente de situações de rumo próprio e apesar de tantas desgraças, ainda parecem dominar a persistência.

Fatos e retratos de uma geração em sua maioria decadente mostram diariamente ao mundo a rebeldia e a selvageria de pessoas que a todo custo tentam provar umas às outras que são melhores, que são superiores em todos os sentidos, em todas as ocasiões.
A ignorância, a inveja e o egoísmo tendem a se alastrar cada vez mais.

Conduzidos por um sistema que não nos oferece quase nada, mas nos tira quase tudo, não me impressiono nem um pouco com o crescimento constante da miséria num país que ainda mantém o trágico número de *32 milhões de indigentes.    *Números da época

O mundo está em colapso, porém os sonhos de uma vida melhor ainda existem.

Mas nenhum sonho relacionado a situações sociais não se concretiza sem cooperação, sem união e esses sonhos não podem de maneira alguma ser guiados pela intervenção de algum tipo de força imposta pela superioridade, como a força governamental, a força estatal.

O investimento ativo e ideológico em prol da liberdade é fundamental para a realização de um sonho de mudança radical no cotidiano mundial.
Esse investimento só vai avançar através da conscientização dos indivíduos que compõem a massa explorada e essa necessita o quanto antes, saber que o poder governamental é um terrível mal.
Mas por que o governo é um mal?
Ora, simplesmente porque priva o homem de se autogovernar, de fazer e de expressar o que quiser, priva o direito de escolha, de opinião.
O governo se engrandece à custa do sofrimento das pessoas que o seguem, deixando estas cheias de sofrimento e de falsas promessas.

Nós, libertários, deixamos uma tese a ser cuidadosamente analisada e questionada:
Se nós podemos transformar um homem em um governante, a pensar e agir por todos nós, porque não podemos o transformar em um homem comum, mais interessado em cooperar com os outros do que os explorar e roubar?

LUTE PELA SUA AUTONOMIA!
LUTE PELA SUA LIBERDADE!

Juntos, homens e mulheres, concretizaremos nossos sonhos de um mundo melhor,
sem comandantes, sem insígnias, sem exploradores.

LUTE!!!


Texto: Renato J. Oliveira                1.995



Texto publicado no Zine Agonia Revoltante! # 14, edição de junho de 1.995



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